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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Tutâncamon: faraó guerreiro ou doente?



A National Geographic produziu uma série de documentários, composta por 3 episódios que mostram uma outra visão do faraó Tutancâmon. Uma visão que eu não tinha parado para pensar antes mas que faz muito sentido. Se você tiver a oportunidade assista a série, que chama Os Segredos de Tutâncamon (2017). Com comentários de pessoas muito bem qualificadas, a séria analisa Tutâncamon por outra perspectiva. Uma perspectiva guerreira, um faraó pronto para ir para a guerra. 

E é recente que isso pode ser levado em consideração, devido à abertura do Grande Museu Egípcio no Cairo, em que lá ficarão expostos artefatos de Tutancâmon que antes o público geral e até mesmo egiptólogos não tinham acesso. Agora, com a restauração desses objetos para o Museu, novas hipóteses são levantadas sobre o faraó mais famoso. Além disso, para a exposição, peças quebradas encontradas no túmulo foram reconstruídas e novas evidencias são agora expostas à todos.

Vou me ater ao primeiro episódio, que é o que fala sobre Tutancâmon ser um faraó guerreiro. De acordo com a sinopse do episódio, podemos ver as coisas que serão discutidas e que para mim fizeram muito sentido ser Tutancâmon um faraó nada vitimista e frágil:


"Uma adaga cerimonial belamente trabalhada, feita de ferro, foi encontrada envolvida dentro de seu cadáver mumificado e deixou os egiptólogos perplexos desde que foi descoberta pela primeira vez. Na época do reinado de Tut, o uso do ferro não era apenas raro era um metal com o qual os antigos egípcios quase não tinham experiência. Agora, usando a análise de raios X, os cientistas confirmaram que o ferro veio de um meteorito sugerindo que Tutancâmon acreditava que ele tinha as bênçãos dos deuses. Agora, uma nova revelação sugere que ele também se via como um jogador no cenário mundial. Howard Carter encontrou 1500 fragmentos de ouro embaixo das carruagens empilhadas dentro do túmulo, mas não conseguiram reconstruir os objetos de onde vieram fragmentos. Agora, depois de anos de cuidadosa conservação, eles podem ser revelados como decorações de ouro para as carruagens e os cavalos que os teriam puxado. Estas obras de tirar o fôlego, não vistas desde que as portas do túmulo foram fechadas há 3.300 anos, retratam Tutancâmon como líder internacional, um rei no centro do mundo. Outro tesouro, escondido por décadas, agora revela que ele estava preparado para ir guerra para estabelecer sua superioridade. As mais recentes técnicas de imagem revelam que a túnica de couro pessoal de Tutancâmon é realmente preparada para guerra e com excelente tecnologia leve, flexível, mas capaz de suportar o impacto de uma flecha. Era uma roupa projetada para ser usada na guerra. À medida que a evidência das obras de ouro, a adaga celestial e as armas de guerra se juntam, descobrimos a história de um menino que levantou um Egito quase falido e, ao faz-lo, construiu uma reputação internacional como líder em menos que uma década um jovem rei e líder que era poderoso o suficiente para restabelecer um Egito quase falido no centro do mundo antigo."

O texto foi pego na íntegra do site da National então tem alguns erros de concordância por causa da tradução. Preferi não modificar o texto.
Apesar disso, podemos ver que essa série foi muito bem feita e é extremamente interessante. É claro, que depois de percebermos essa outra visão à cerca de Tutâncamon faz sentido olhar para imagens de suas urnas e ver um faraó derrotando inimigos do sul e do norte. Claro que todo faraó se valia da boa propaganda, mas qual a necessidade de tantas armas e armadura se para fazer a propaganda era só necessário pintar nas paredes vitórias de batalhas? 

Tutancâmon realmente viveu num Egito tumultuado, tanto pelas tentativas de invasão, quanto pela volta ao politeísmo. Difícil mesmo de acreditar que ele não tentou defender seu país e fazer jus ao seu posto com voracidade. 

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