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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Netflix lançará novo documentário "Segredos da Tumba de Saqqara" em 28 de outubro

A Netflix anunciou na quinta-feira, 28 de outubro, o lançamento global de seu novo documentário, "Segredos da Tumba de Saqqara", que apresenta a descoberta de uma tumba "única" sob a areia no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito.

Dirigido por James Tovell e produzido por Richard Bradley e Caterina Turroni, o documentário segue uma equipe de arqueólogos locais escavando passagens, poços e tumbas nunca antes vistas.

Segredos da Tumba de Saqqara leva os espectadores à tumba de um sacerdote do Reino Antigo, Wahtye, que permaneceu fechada por 4.500 anos.

A equipe encontra mais de três mil artefatos, incluindo um filhote de leão mumificado, um templo dedicado à deusa gato egípcio Bastet e o que pode ser o caso mais antigo de malária rastreável do mundo.

Além de antiguidades fascinantes, o documentário oferece uma visão abrangente e única da vida do sacerdote e de sua família.

O documentário foi filmado em Saqqara, a menos de um quilômetro do local da Pirâmide de Degraus, um dos edifícios de pedra mais antigos da história e a pirâmide mais antiga do Egito.

A tumba de Wahtye foi descoberta em 2018 na necrópole de Saqqara. A tumba foi bem preservada e ordenada com inúmeras estátuas esculpidas em suas paredes.

O documentário será lançado globalmente em 190 países. Legendas para mais de 30 idiomas estarão disponíveis, bem como uma versão dublada em inglês.

Trailer (caso não consiga visualizar, clique aqui!):


Fonte:

Filme 'embranquecerá' Cleópatra? Como era uma das mulheres mais poderosas da história

Eternizada no imaginário popular com a pele branca e os olhos azuis da atriz britânica Elizabeth Taylor, a rainha Cleópatra 7ª suscita debates há séculos em torno de sua astúcia política, sua beleza, sua identidade e seu legado à frente do Egito.

As disputas em torno dela ganharam novo impulso nesta semana com a divulgação de que a monarca do Egito será vivida no cinema pela atriz israelense Gal Gadot, conhecida por seu papel de Mulher-Maravilha.

Gal Gadot - CRÉDITO,GETTY IMAGES

"Nós esperamos que mulheres e garotas ao redor do mundo que aspirem contar suas histórias nunca desistam de seus sonhos. Nós vamos fazer suas vozes serem ouvidas, por e para outras mulheres", disse Gadot, ao anunciar a produção em seu perfil no Instagram, com 43,7 milhões de seguidores. O longa, ainda sem previsão de estreia, será dirigido por Patty Jenkins, diretora de Mulher-Maravilha.

Se de um lado muitos comemoraram uma produção majoritariamente feminina que deve evitar clichês de mulher sedutora de filmes anteriores, de outro, muitos criticaram a escolha da atriz para o papel sob acusações de embranquecimento (whitewashing) da figura histórica, descendente de uma dinastia grega ligada ao rei macedônio Alexandre, o Grande, mas que provavelmente era de etnia mista. Cobravam a escalação de uma atriz de origem africana ou árabe.

Mas qual é a verdadeira origem e história da última governante da dinastia ptolomaica, que comandou o Egito de 51 a.C. até 30 a.C., trouxe prosperidade e paz a um país falido e soube tirar proveito político da aproximação de dois generais romanos?

Para a historiadora britânica Mary Beard, as milhares de representações de Cleópatra ao longo do tempo são "baseadas em uma série perigosa de deduções de evidências fragmentárias ou flagrantemente não confiáveis".

Sabe-se tão pouco sobre ela que Beard defende que Cleópatra deveria aparecer para nós hoje como "a rainha sem rosto".

Origem e linhagem

Cleópatra nasceu em torno do ano de 69 a.C. no Egito. Seu nome, de origem grega, significa "grande como o pai".

Seu pai, o faraó Ptolomeu 12, pertencia a uma linha de monarcas da dinastia ptolomaica, que teve suas raízes no ano de 332 a.C.. Naquele ano, Alexandre, o Grande, liderou tropas macedônias e gregas numa batalha que libertou os egípcios do domínio dos persas.

Alexandria passou a ser a nova capital do Egito. A cidade se tornou "a capital das palavras helenísticas da palavra grega, onde ficavam os livros de escritores muito importantes do passado. E vemos como a nova cultura grega ali se associa à antiga tradição religiosa egípcia, que já existia havia 3.000 anos", explica o egiptólogo Christian Greco, do Museu Egípcio de Turim, na Itália.

Quando Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., seu reino foi dividido. É aí que a posição de governante do Egito foi reivindicada por Ptolomeu 1º, filho de um nobre da Macedônia que dá início à dinastia ptolomaica.

A partir dali, o Egito seria governado por seus descendentes até a morte de Cleópatra 7ª, no ano de 30 a.C, mais de 300 anos depois. O Egito se tornaria um dos reinados mais poderosos do mundo, e um dos últimos a serem dominados pelos romanos.

Essa mistura de povos e locais, associada à falta de informações confiáveis sobre a dinastia ptolomaica e Cleópatra, alimenta debates há anos sobre a rainha do Egito.

Afinal, ela era norte-africana, grega ou macedônia? Tudo indica que ela era de origem étnica mista.

Segundo pesquisadores do Instituto Arqueológico Austríaco, análises da ossada de uma irmã de Cleópatra apontaram em 2009 que a rainha egípcia era, em parte, africana.

A conclusão foi tirada após a identificação do esqueleto da irmã mais nova de Cleópatra, a princesa Arsinoe, encontrado em uma tumba de mais de 2.000 anos em Éfeso, na Turquia. As evidências obtidas pelo estudo das dimensões do crânio de Arsinoe indicam que ela tinha algumas características de brancos europeus, antigos egípcios e africanos negros.

Mas há também outras questões de identidade envolvidas no debate sobre a origem de Cleópatra.

Segundo Maria Wyke, professora de latim da University College de Londres (UCL), há uma grande disputa para reivindicar Cleópatra enquanto egípcia.

"No século 19, havia um debate sobre se ela tinha sangue egípcio, em parte porque há tão pouca informação, se é que há alguma, sobre sua mãe ou sua avó. Mas no final do século 20, a questão não era se Cleópatra era egípcia no sentido genético, mas se ela era negra."

E continua: "isso emerge principalmente na década de 1990 com o surgimento do afrocentrismo tendo o Egito como ponto de partida. Assim, Cleópatra se tornou a personificação de uma mulher poderosa na origem da história africana. Portanto, reivindicar Cleópatra como negra tendo uma base histórica ou não é irrelevante. Reclamá-la como negra se torna um importante contra-ataque aos preconceitos de gênero e raça e à apropriação de Cleópatra feita pelo homem branco do mundo ocidental ao longo do tempo".

De acordo com Joyce Tyldesley, professora de egiptologia da Universidade de Manchester e autora de Cleópatra: A Última Rainha do Egito, a rainha egípcia "manipulou a religião egípcia para que fosse vista como uma encarnação viva da deusa Ísis, o que lhe permitiu consolidar completamente sua posição de poder".


Moeda com imagem de Cleópatra - CRÉDITO,BRITISH MUSEUM

E, para Tyldesley, essa manipulação da religião contém a chave para o grande mistério que a atormentou enquanto escrevia o livro sobre Cleópatra.

"Havia uma pergunta que me perseguia o tempo todo: será que Cleópatra se considerava egípcia? Acho que sim. Ela era uma rainha do Egito. O que mais ela teria se considerado? Seu pai era um rei do Egito, uma de suas irmãs tinha sido rainha. Acho que ela teria se considerado uma egípcia, ainda que não fosse uma egípcia nativa, mas uma egípcia grega."

Segundo ela, conforme os gregos se estabeleceram no Egito, havia duas populações vivendo lado a lado, e ambas começando a se familiarizar com a cultura uma da outra.

"Acima de tudo, Cleópatra estava começando a usar a cultura egípcia, especialmente em termos de religião. Outros Ptolomeus já feito algo semelhante antes, em menor grau, mas é muito interessante que ela use uma base egípcia para se promover."

Além das apropriações próprias e alheias em torno da identidade dela, há tentativas científicas de reconstituir os verdadeiros traços de Cleópatra, que lhe deram um rosto — dissociado do imaginário popular eternizado pela cultura ocidental.

Em 2009, a arqueóloga e egiptóloga britânica Sally Ann Ashton utilizou imagens gravadas em artefatos antigos, como um anel que data da época do seu reinado, para compor o rosto da rainha egípcia.

O rosto recriado pela egiptóloga aponta uma mulher de etnia mista, com traços egípcios e da sua herança grega.



Rosto de Cleópatra, segundo reconstituição feita pela arqueóloga e egiptóloga britânica Sally Ann Ashton - CRÉDITO,DIVULGAÇÃO

Para ver a a história de Cleópatra acesse o link abaixo, o qual também foi utilizado como fonte para repostar essa parte da reportagem.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Vídeo de sarcófago de 2.500 anos sendo aberto no Egito viraliza nas redes sociais

Vídeo mostra o exato momento em que os pesquisadores abriram um dos 59 sarcófagos descobertos. (Foto: KHALED DESOUKI/AFP via Getty Images)


O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou, no fim de semana, a descoberta de 59 sarcófagos selados, de 2.500 anos. Mas um vídeo impressionante viralizou nas redes sociais: ele mostra o exato momento em que os pesquisadores abriram um dos sarcófagos.

Os caixões foram abertos diante de um público formado por autoridades, empresários, funcionários, jornalistas e até crianças, que aparecem com celulares gravando tudo.

Presente no evento, que aconteceu no sábado, dia 3, o embaixador da Austrália no Egito, Glenn Miles, foi uma das pessoas que gravou a abertura dos caixões e compartilhou as imagens na internet.

“Privilegiado por assistir à abertura de um sarcófago recém-descoberto em uma antiga necrópole egípcia em Saqqara. Um crédito para o Ministro do Turismo e Antiguidades Khaled El Anany e todos os outros envolvidos em uma escavação incrível”, escreveu no Twitter.

Conforme os arqueólogos que trabalham nessa expedição desde 2018, os caixões foram revelados em agosto no sul do Cairo, capital do Egito. Eles foram encontrados em três poços de 12 metros junto com 28 estatuetas do deus Seker, relevante figura no ritual de morte.

As múmias, que estavam em 59 sarcófagos de madeira, serão expostas no Grande Museu Egípcio, que será inaugurado em 2021, próximo às pirâmides de Gizé. Além das múmias, foram encontradas 28 estátuas do antigo deus egípcio Ptah Sokar.

No registro, o ministro egípcio do Turismo e Antiguidades Khaled Al-Anani (à esquerda), e Mustafa Waziri (à direita), secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, revelando uma das múmias dentro de um sarcófago escavado pelo missão arqueológica egípcia na necrópole de Saqqara, 30 km ao sul da capital Cairo. (Foto: KHALED DESOUKI / AFP via Getty Images)

Segundo o secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mustafa Waziri, os sarcófagos pertencem à dinastia 26 do Período Tardio (664 a.C. a 525 a.C.), a última antes da conquista persa. As peças preservam ainda a cor original e teriam sido protegidas de reações químicas devido a um selo protetor.

''Considero esse o começo de uma grande descoberta'', afirmou o ministro do Turismo egípcio, Khalid el-Anany.

Retirado na íntegra de:
Para ver o vídeo, acesse o link acima.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Egito anuncia descoberta de 59 sarcófagos

Vários sarcófagos são exibidos dentro de uma tumba no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito, neste sábado (3). O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito disse que pelo menos 59 sarcófagos selados com múmias dentro foram encontrado em três poços.


Sarcófago com cerca de 2,5 mil é exibido no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters


Vários sarcófagos são exibidos dentro de uma tumba no sítio arqueológico de Saqqara, 30 quilômetros ao sul do Cairo, no Egito, neste sábado (3). O ministério de antiguidades e turismo do Egito diz que pelo menos 59 sarcófagos selados com múmias dentro foram encontrado em três poços — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Sarcófago com cerca de 2,5 mil anos é exibido no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters


Sarcófagos de cerca de 2,5 mil anos são descobertos no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Membros de missões diplomáticas no Egito participam de entrevista coletiva para anunciar uma nova descoberta de 59 sarcófagos escavados pela missão arqueológica egípcia que trabalhava na necrópole de Saqqara, 30 quilômetros ao sul da capital egípcia, Cairo, que resultou na descoberta de um poço funerário com mais de 59 caixões humanos fechados por mais de 2,5 mil anos. Eles foram desenterrados ao sul do Cairo, no extenso cemitério de Saqqara, a necrópole da antiga capital egípcia de Memphis — Foto: Khaled Desouki/AFP


Sarcófago é aberto no sítio arqueológico de Saqqara, 30 quilômetros ao sul do Cairo, Egito, neste sábado (3), na presença de jornalistas e funcionários. O Ministério de Antiguidades e Turismo do Egito afirma que pelo menos 59 sarcófagos com múmias dentro foram encontrados — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Sarcófago com cerca de 2,5 mil anos é exibido no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters


Sarcófago com cerca de 2,5 mil anos é exibido no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Múmia exibida durante coletiva de imprensa na necrópole de Saqqara, 30 quilômetros ao sul do Cairo, no Egito, neste sábado (3) — Foto: Khaled Desouki/AFP


Sarcófago com cerca de 2,5 mil anos é exibido no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters


Sarcófagos com cerca de 2,5 mil anos são exibidos no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito. O Egito diz que os arqueólogos desenterraram cerca de 60 caixões antigos em uma vasta necrópole ao sul do Cairo. O ministro egípcio de Turismo e Antiguidades disse que pelo menos 59 sarcófagos lacrados com múmias dentro foram encontrados, enterrados em três poços — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Sarcófagos com cerca de 2,5 mil anos são exibidos no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Sarcófagos com cerca de 2,5 mil anos são exibidos no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP


Esculturas em relevo são exibidas no sítio arqueológico de Saqqara, no Egito — Foto: Mahmoud Khaled/AP

Retirado na íntegra de: