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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Da onde veio o vidro amarelo nas jóias de Tutancâmon?

O faraó do Antigo Egito Tutancâmon usava joias amarelas que foram feitas de um meteorito derretido que tinha se formado 29 milhões de anos atrás, afirmam cientistas.
A origem do vidro do Deserto da Líbia, que está espalhado e pode ser encontrado no deserto do Saara, tem sido um mistério durante pelo menos 100 anos.

Os investigadores pensam ter uma resposta acerca da sua origem: este vidro misterioso teria sido formado pelo impacto de um meteorito gigante ou de um cometa na região do deserto do Saara.
Especialistas afirmam que sua formação ocorreu na sequência de uma explosão na atmosfera da Terra, criando assim material liquido fundido que quando arrefeceu se transformou em vidro amarelo.


O mistério das estranhas joias amarelas do rei do Antigo Egito Tutancâmon foi resolvido – vieram do espaço.

Este vidro enigmático foi encontrado na tumba do rei do Antigo Egito Tutancâmon, inclusive em um escaravelho e em várias joias encontradas enterradas perto do faraó.
De acordo com um estudo publicado recentemente na revista Geology, cientistas afirmam que este vidro é feito de um mineral chamado reidite, um mineral muito raro feito de zircônia sob altas pressões e temperaturas.
O autor principal do estudo, doutor Aaron Cavosie, do Centro de Ciências e Tecnologias Espaciais da Escola de Geologia e Ciências Planetárias da Universidade de Curtin, disse que este material só podia ter sido formado em resultado do impacto de um meteorito.

 ​Adorno peitoral representando um escaravelho esculpido do raro vidro.

"Este assunto tem sido um tema dos constantes debates sobre se este vidro se formou durante um impacto de meteorito ou durante uma explosão no ar, o que acontece quando asteroides próximos da Terra rebentam e libertam sua energia na atmosfera terrestre", explicou o doutor Cavosie.

"Tanto os impactos de meteorito como explosões no ar causam derretimento, porém, somente os impactos criam ondas de choque que formam minerais de alta pressão, então, encontrar provas da formação de reidite confirma que ele se formou em resultado de um impacto de meteorito", concluiu o especialista.

Fonte:
https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2019051913911188-misteriosa-origem-do-vidro-amarelo-nas-joias-do-farao-tutancamon-foi-desvendada-fotos/

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Museu Nacional resgata 200 peças de sua coleção egípcia

Compartilho a reportagem que você pode ler na íntegra, clicando AQUI, sobre 200 peças que foram resgatadas da coleção egípcia, após o incêndio que destruiu quase tudo do Museu Nacional.

Museu Nacional apresenta peças da coleção egípcia resgatadas dos escombros da instituição - Tomaz Silva/Agência Brasil

"As peças foram dia 7 de maio por pesquisadores do Museu Nacional, que já resgataram cerca de 200 dos mais de 700 itens da coleção egípcia do Museu Nacional. O trabalho de 100 pesquisadores, técnicos, alunos e colaboradores de outras instituições vem revelando que, ao contrário do que sugeriam as primeiras impressões sobre o desastre, muito ainda pode ser salvo da área destruída pelo fogo e pelo desmoronamento dos três andares do Paço São Cristóvão, palácio que serviu de residência à Família Real até o fim do Império.

As 200 peças da coleção egípcia são apenas uma parte das 2,7 mil peças já resgatadas do palácio. Uma das coordenadoras do núcleo de resgate, a paleontóloga Luciana Carvalho enumera que os setores com mais objetos resgatados são a arqueologia, antropologia biológica, etnologia, paleontologia de invertebrados, paleontologia de vertebrados, paleobotânica, mineralogia e petrografia. "Hoje, o processo de resgate está voltado principalmente para essas coleções cientificas", disse.


Boa parte das peças egípcias resgatadas têm sido encontrada na Reserva Técnica da Arqueologia do Museu, área em que as peças estavam armazenadas sem estarem expostas ao público. "A gente consegue encontrar muito do material intacto nas prateleiras e nas gavetas"", de acordo com o pesquisador Pedro Von Seehausen.

Um fato interessante tratado pela reportagem está reproduzido abaixo:



"A sacerdotisa egípcia Sha-Amun-em-Su foi mumificada e sepultada em um sarcófago por volta do ano 750 a.C., e seu caixão ficou lacrado até 2 de setembro de 2018, quando o incêndio do Museu Nacional destruiu parte da maior coleção egípcia da América Latina. Recebida do soberano egípcio por Dom Pedro II, a múmia era a favorita do imperador, e ficava em seu escritório, no palácio que passou a abrigar o Museu Nacional com o fim do Império. Se as chamas destruíram o caixão de madeira policromado e parte dos restos mortais da sacerdotisa, elas também revelaram nove amuletos que haviam sido vistos pela última vez por quem lacrou o caixão de Sha-Amum-em-Su."


Confira a reportagem completa em:

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-05/museu-nacional-resgata-200-pecas-de-sua-colecao-egipcia?fbclid=IwAR2oYTmKgkUKzpqPdqWnZcA6LdAc0TVQfR5T7tW0Bk3aT5kLz3ZZipzjsx4





sexta-feira, 3 de maio de 2019

O trono do Egito pode ter sido partilhado por duas rainhas antes de Tutancâmon

Relevo de Akhenaton e Nefertiti. Foto de Kenneth Garrett (abril de 2001).


Velérie Angenot, egiptóloga e historiadora da arte na Universidade de Quebec, em Montreal (UQAM) afirma que Tutancâmon terá chegado ao poder depois de as suas duas irmãs terem ocupado o trono juntas. 

Já haviam suspeitas por parte de egiptólogos de que no século XIV a.C., uma rainha tinha precedido Tutancâmon. Alguns acreditavam que a rainha fosse Nefertiti, esposa de Akhenaton, autoproclamada faraó após a morte do seu marido, enquanto outros acreditavam que a rainha teria sido a princesa Meritaton, filha mais velha de Akhenaton.

O estudo conduzido foi baseado na ótica de que as duas filhas de Akhenaton tinham idade para assumir o trono enquanto Tutancâmon ainda era uma criança. Nessa teoria as duas irmãs assumiram o poder em conjunto.

Akhenaton tinha seis filhas, sendo sua filha mais velha, Meritaton, e que juntamente com Neferneferuaten Tasherit, teriam ambas assumido o poder juntas sob o nome comum de Ankhkheperure, conforme o jornal Daily Mail.

A historiadora também analisou uma figura exposta no Museu Egípcio de Berlim que representa duas personagens sentados num trono, um dos quais está a acariciar o queixo do outro. “Levantaram todo o tipo de hipóteses sobre o assunto: se representa Akhenaton com o seu pai, ou Akhenaton e Nefertiti”, explicou, “e eu percebi que este gesto de acariciar o queixo era típico das princesas, em 100% dos casos”.

A egiptóloga apresentou suas descobertas numa reunião de egiptólogos na Virgínia, nos EUA. Angenot acrescentou que esperava conseguir avançar no conhecimento sobre questões de sucessão no antigo Egito e no Período de Amarna, na era do reinado de Akhenaton, conhecido como o “rei herege”.

“Acho que podemos avançar a nossa compreensão sobre as questões de sucessão no Antigo Egito, mas acima de tudo, no nosso conhecimento sobre o período fascinante de Amarna, que viu o nascimento do primeiro monoteísmo”, concluiu Angenot.

O estudo de algumas peças do tesouro de Tutacâmon, descoberto em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter, revelaram que o faraó tinha usurpado a maior parte do material funerário da rainha Neferneferuaten Ankhkheperure.

Fonte: