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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dentistas no Antigo Egito

Essa ciência aparece no Egito tendo o uso de produtos naturais (plantas medicinais e substâncias minerais), sem apresentar aspecto de magia ou de religião.Utilizavam trépano (instrumento cirúrgico usado para atravessar os ossos), cautério (qualquer agente empregado para queimar tecidos, com finalidade terapêutica) e instrumentos cortantes em bronze e ferro. Para se coibir hemoorragias eram utilizados pedaços de carne crua ou cauterização com instrumentos aquecidos. No Antigo Egito houve o desenvolvimento das técnicas clínicas, como: inspeção e a palpação. Tendo as cáries tornado frequentes, houve a substituição de carnes e vegetais duros por alimentos refinados.

De acordo com pesquisas arqueológicas: Em maxilares de aristocratas: observou-se elevada porcentagem de cárie e abscessos alveolares. (O por que você encontra no final do texto). Nos maxilares de trabalhadores: frequentes desgastes dentários.

Os dentistas já usavam brocas, drenavam abscessos e faziam próteses de ouro. É evidente que apesar de tudo, os recursos para se tratar devidamente os dentes eram escassos e a prática de arrancá-los era constante. Nessa parte entrava um pouco da categoria de magia, pois era um meio de evitar que o paciente sofresse muito com a dor.


Mandíbula do antigo Egito com furos utilizados na reparação dental (Cortesia do Museu Gordon).



Ponte Dentária (Cortesia do ©Museu Egípcio do Cairo).







Primeira ponte dentária.




Dentista









Os chineses são creditados com a invenção o uso de escovas e cremes dentais, embora os egípcios antigos usavam ramos com pontas desfiadas para limpar seus dentes. A pasta de dente ou dentifrício tem como vestígio mais antigo um produto semelhante encontrado no Antigo Egito (porém, não consigo analisar a veracidade desta informação da pasta de dente).



Tumba de dentista. Você imagina como o medo de dentistas vem de milênios atrás.
Para saber mais: http://ancientstandard.com/2007/06/10/and-you-thought-you-hated-the-dentist%E2%80%A6-ca-2200-bc/


Essa reportagem saiu na revista Época e é muito interessante sobre os dentistas no Antigo Egito:

Uma pesquisa realizada na Universidade de Zurique, na Suíça, apresenta um estudo aprofundado da saúde bucal de faraós e outros membros da nobreza, feito a partir de uma revisão de pesquisas realizadas em três mil múmias desde 1977. Tais estudos só são possíveis graças às técnicas de mumificação egípcias, capazes de preservar dentes ao longo de milênios.

No Egito Antigo, o trigo era processado em moedores de pedra, o que fazia com que pedaços de rocha se soltassem e se misturassem à matéria-prima com a qual o pão era feito. Como alimento abundante sempre foi privilégio dos mais ricos, os nobres tinham as bocas mais prejudicadas. “Quanto mais alta a posição social, pior eram os dentes”, explica o egiptólogo Antônio Brancaglion, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

ARCADAS INTACTAS Pesquisa só foi possível graças às técnicas de mumificação

Tantos dentes gastos e quebrados aumentavam a demanda por especialistas, o que fez do Egito a terra dos melhores dentistas do Mediterrâneo durante a Terceira Dinastia, por volta do ano 2300 a.C. Já naquela época, os médicos eram divididos em cirurgiões, oftalmologistas, veterinários e dentistas. Graças a seu talento e perícia, muitos deles iam trabalhar em outras cortes, que reconheciam seu talento no tratamento de doenças e fraturas. Além de extrair dentes quebrados e podres, os dentistas da época drenavam abscessos e faziam até pontes dentárias, prendendo um dente solto a outro saudável. “Eles usavam fios de metal, normalmente ouro, para fazer esses anéis”, diz Brancaglion. Vale lembrar que uma infecção na boca poderia levar à morte na era pré-antibióticos.

O estudo suíço também revela as outras utilidades das arcadas dentárias dos egípcios. Segundo os pesquisadores, os trabalhadores usavam os dentes como ferramenta para segurar cordas, no caso dos pescadores, e para esticar couro, numa profissão que hoje seria equivalente à de um sapateiro. Pobres ou ricos, porém, dividiam a mesma carência de higiene bucal. “Eles usavam um talo de papiro ou junco para tirar os restos de alimentos dos dentes e depois enxaguavam suas bocas. Só isso”, afirma Brancaglion. Mesmo numa época em que o abismo entre ricos e pobres era tão grande ou maior do que hoje, todos dividiam a mesma dor.
Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/26185_SORRISO+AMARELO/2


Para saber mais: Tumbas de dentistas da época faraônica
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1205389-EI295,00.html

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