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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Química e o Antigo Egito



Acredita-se que a palavra química se originou do egípcio Kemi, que significa "terra negra". Outra hipótese é que essa palavra teria origem na palavra grega CHYMA, que significa: fundir ou moldar metais. A alquimia é a percursora da química. A palavra alquimia vem da expressão árabe "al Khen", a qual tem o significado de "país negro", se referindo ao Antigo Egito.


Dentre alguns dos conhecimentos químicos que os egípcios conheciam, pode-se destacar o ponto de fusão de metais, como originar ligas metálicas e fundi-las, que poderia ser utilizado em obturações de ouro para os dentes; na vidraçaria, no qual dominavam a produção de vidros coloridos; na perfumaria, maquiagem e cosméticos; na tinturaria( acho válido ressaltar este artigo: http://quiprona.wordpress.com/2010/07/09/o-misterio-das-cores-do-egito/); no uso de gesso; para fins medicinais e misturas simples, os egípcios utilizaram de substâncias químicas como o arsênio, o petróleo, o alabastro, o sal e o sílex moído.


Estatua de metal na forma de gato, Museu do Louvre, Paris.


Escultura Egípcia na forma de hipopótamo feita de vidro colorido.





Fontes:
http://quipronat.wordpress.com/2010/07/09/o-misterio-das-cores-do-egito/#comment-2111 http://www.profpc.com.br/Historico_da_quimica.htm#EGITO
http://coqueteldamoda.blogspot.com/2010/11/como-surgiu-maguiagem.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A alimentação no Antigo Egito (parte III) - Imagens valem mais que palavras

De acordo com a fonte: http://arqueologiadigital.com/group/egiptologia/forum/topics/culinaria-no-egito-antigo-uma, mostro uma série de imagens interessantes sobre os hábitos culinários no Antigo Egito.

Mulher fazendo pão.

Mulher fazendo cerveja.

Prensagem do vinho. Tumba de Iymeri. Giza.

Homens assando um boi no espeto. Desenho: Blackman, The Rock Tombs of Meir. Tumba de Ukhotep. Meir.

Produção de pão. Desenho: Epron e Daumas, Le tombeau de Ti. Mastaba de Ti. Saqqara.

Trabalhadores almoçando.

A alimentação no Antigo Egito (parte II)



A caça era uma atividade muito praticada pelos egípcios. Heródoto relata que os egípcios comiam as codornas, patos e alguns pequenos pássaros crus, porém tinham o cuidado de salgar antes. Mas também as aves eram assados ou cozidos. Em geral, os peixes eram comidos por grande parte da população, na forma seca ao sol ou em salmoura como relata Heródoto, ou ainda assados ou cozidos.




Nas pinturas dos túmulos egípcios são retradadas favas, ervilhas, grãos de bico, alface, pepino, uvas, figos, tâmaras, melancias e melões.







Pelo o que consta, em cerca de 1640 a.C., a romeira, a oliveira e a macieira foram introduzidas no Egito. Às vezes, os egípcios utilização o azeite para temperar a alface, porém o uso mais comum do azeite era para iluminação. Para adocicar os alimentos eram utilizados o mel de abelha e grãos de alfarroba. As pessoas de maior classe social desfrutavam de pães e bolos.



Na figura há uma mulher carregando uma oferenda de pão e carne. A peça, cuja altura é de 38 centímetros, foi datada como sendo da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.).





De acordo com Pierre Montet: "É preciso não esquecer que o Egito é um país quente e que o comércio de miudezas mal existia. Só podiam mandar abater um boi aqueles que estavam certos de o consumir em três ou quatro dias, isto é, os grandes proprietários que tinham um pessoal numeroso, o pessoal do templo, os que davam um festim. As pessoas humildes só o faziam para festas e peregrinações. "
Na tumba de Ka (Novo Império) encontrada no século XX pelo o arqueólogo italiano E. Schiapparelli foi encontrado bolos em formato de flor de papiro.
Um fato curioso dito pela arqueóloga Salima Ikram em seu livro “Food for Eternity” foi o fato de terem encontrado pequenos ossinhos de rato no interior de algumas múmias.

Notas adicionais

Há autores que defendem que os egípcios rejeitariam o peixe.

Arqueologia Egípcia, 24/04/2009. www.arqueologiaegipcia.com.br/ texto_culinaria_egito_antigo_vestigios.html>

Referências:
Fonte: O Fascínio do Antigo Egito
(site com informações sobre a vida no Antigo Egito)
Tallet, Pierre. A culinária no antigo Egito. 2006

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A alimentação no Antigo Egito (parte I)


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Primeiro, apresento duas citações:
Vacas e bois eram usados também para a alimentação (carne, leite) e sacrificados aos deuses. (...) O gado menor compreendia ovelhas, cabras e porcos. (...) -Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986.
A agricultura e a criação eram complementadas pela pesca (...), praticada no Nilo, nos pântanos e nos canais (...). Boa parte dos peixes era secados ao sol. Também a caça era praticada no deserto e nos pântanos, usando-se para tal o cão, o arco e o laço, e capturando-se aves selvagens com redes. -Ciro Flamarion S. Cardoso. O Egito Antigo. São Paulo, Brasiliense, 1986.
Com elas, é possível já ter uma noção de como era a alimentação no Antigo Egito. A título de complemento, os peixes era geralmente sargo, peixe-gato, barbo, enguia, carpas, pescadas e tilápias.
 A base da alimentação egípcia era o pão e a cerveja. Não a cerveja como conhecemos hoje, mas também uma bebida derivada da cevada. 
A parte rica do Antigo Egito tinha a alimentação mais completa, consistida de pães, carne de vaca, porco e peixe, queijos, frutas (como a uva), legumes, água, cerveja e vinho.
As classes mais humildes alimentavam-se mais de pão de espelta e cerveja.
Dentro da horticultura, os egípcios produziam cebolas (adoravam comer cebolas em especial), alho-poró, alho, alface era uma das verduras que além de servir para alimentação era considerada sagrada, sendo boa para a fertilidade.
O mel era muito utilizado para adoçar. Ele era colhido principalmente no Delta do Nilo. Eram muito utilizadas também plantas aromáticas, tanto na cozinha como na medicina, como: o zimbro, o anis, o coentro, o cominho, o funcho, o feno-grego com odor de curry e os grãos de papoula.
A figura abaixo (1400 a.C.) mostra que o figo também fazia parte da alimentação dos egípcios.

Pintura egípcia de um elegante jardim do Egito antigo. Pode-se observar o desenho de duas figueiras e de três palmeiras. (Karen P. Foster (1999). Extraído de Scientific American, 48-55.) 

Créditos: 
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(FLANDRIN, Jean-Louis MONTANARI, Massimo, História da alimentação, São Paulo, ed. Estação Liberdade)
 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sapatos - حذاء


À esquerda, o artesão de sandálias, 18º Dinastia, 1567-1320 a.C. À direita e acima, sandálias de madeira com detalhes em ouro do tesouro de Tutancâmon, também da 18º Dinastia. À direita e abaixo, sandália egípcia feita de fibras de plantas.
Fonte: http://www.pensomoda.com/bases/bases3.php?Id=90


Sandálias egípcias simples
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHO_9JiiSYhiFlzBcp3YNRzNHqhxfFXsfHkYUd9oJTe3yx7SdPsd1HssVywP_zNjhauJzorRkmaKdFBEM8LWHQOYMg2xSz81KLRWGephYU89psM4d6ClWBU5T8CYYV8uMVnCMzaTNzzqCT/s1600/sandalia+egipcia.bmp

Recentemente foi achado na Armênia, um dos sapatos mais antigos do mundo. Sua data é de cerca de 3.500 anos a.C. é feito de couro de vaca e tem cadarços. Assim, não é possível afirmar se o calçado nasceu no Egito, como muitos dizem, mas com certeza, os egípcios antigos fizeram muito uso dele.

 
Os nobres egípcios usavam sapatos como os mostrados na primeira figura à direita e acima, eles eram feitos de diferentes materiais como couro, palha trançada, folhas de palmeira ou papiro, junco e madeira revestidas com ouro. Coloridos ou não, serviam tanto para a proteção dos pés, quanto para eventos sociais. Quando confeccionados com mais detalhes serviam para o uso de pessoas da mais alta classe.
Os egípcios mais pobres usavam sapatos mais simples, como o mostrado última figura. Pouco comum era representa-los calçados nas pinturas porém todos os egípcios tinham pelo menos um par de sapatos.

O Rei Narmer, que viveu mais ou menos em 3.100 a.C., quis que determinadas atitudes cotidianas fossem pintadas e preservadas, em algumas pinturas é possível ver um servo, conhecido por “carregador de sandália” andando atrás dos reis, carregando as sandálias reais em seus antebraços.

Um dos costumes comuns era quando um faraó adentrava-se em um templo, suas sandálias eram removidas na entrada. Hoje, isso ainda é praticado pelos muçulmanos quando precisam entrar em suas mesquitas. Com o passar do tempo (cerca de 2.000 a.C.), muitas sandálias começaram a ser representadas nos registros com bico levantado e levemente curvo, o que pode ter sido uma influência Hitita.

Textos egípcios refletem os desejos dos mortos de “caminhar usando sandálias brancas ao longo do lindo caminho dos céus onde os abençoados vagam”.
 
Fonte: Livro: “The Art of the Shoe” de Marie-Josephè Bossan

Rainha Ah-hotep I


Fonte: http://www.ancientegyptonline.co.uk/qahhotepI.html

A rainha Ah-hotep I viveu durante a transição do Segundo Período Intermediário para o Novo Império da história egípcia, durante a expulsão dos hicsos do território. De acordo com uma estela levantada em sua memória em Karnak, por seu filho (Faraó Ahmose), a rainha aparece como responsável pela submissão dos rebeldes. Em 1859, o famoso egiptógo Auguste Mariette escavou o fundo túmulo e retirou de lá alguns tesouros, como por exemplo essa espécie de colar com três moscas, feito totalmente de ouro. Esse objeto, no Antigo Egito, representa uma insígnia dada com intenção honrosa, o que pode sugerir o importante papel militar que teve essa rainha.

Voltando-se para o simbologismo de moscas, no Antigo Egito, estas representavam tenacidade, insistência, afinal você pode espantar várias vezes uma mosca de um pedaço de carne, mas ela vai voltar e tentar pousar, a não ser que a mate. Essa rainha deve, portanto, ter sido insistente em seus projetos, deve ter persistido em retirar os Hicsos do território que pertencia ao Egito, queria devolver o Estado para a mãos dos nativos, mostrando seu amor por sua Pátria. Mas porque os Hicsos resolveram dominar o Egito? Os pesquisadores constataram que a vinda dos Hicsos para o Baixo Egito se deu por causa de uma terrível seca que assolou parte dos países asiáticos, assim vieram ao Norte da África em buscas de férteis terras para o cultivo, se fixaram, reforçaram seu exército no Egito e assim o dominaram. Praticamente entraram sorrateiramente e tomaram conta da casa. Não é atoa que a auto-estima dos egipcios estava baixa, por isso tão honrosa foi a participação desta Rainha na expulsão. Também não é à toa que ela é a única rainha encontrada com esse colar de três moscas, pois não é do nosso conhecimento que outra rainha tenha participado tão diretamente do exército egípcio. Existem histórias sobre a Rainha Nefertiti, que ao tomar o lugar de seu esposo Akhenaton, governou Akhetaton e inclusive o exército, porém essa história não tem relatos oficiais e não teve participação militar tão honrosa como a da Rainha Ah-hotep I. 

A Rainha provavelmente conseguiu receber essa condecoração em mãos, pelo fato de estar com ela em seu túmulo, seu esforço em manter a nação egípcia resultou nessa gratidão do povo egípcio para com ela. 

A partir do faraó Ahmose, começa o Novo Império e dele são provenientes grande nomes como a Rainha Hatchepsut, Akhenaton e Tutankamon.

Este foi um pequeno exemplo de como a sociedade egípcia via a mulher tão diferentemente de como ela era vista na Grécia ou na Roma Antiga. O papel submisso da mulher não persistia nessa sociedade, mas esse é um assunto para outra publicação!

Apresentação

Olá!

A história do Egito Antigo com certeza já chamou a sua atenção em algum momento da vida. Seja pela pintura, pelos tesouros, pela arqueologia, pelas pirâmides, pelas múmias... enfim, vários são os fatores que nos fazem ter interesse por essa instigante civilização.

Através deste blog tento mostrar o quanto a antiga civilização egípcia foi e ainda é fascinante e quero trazê-la ao conhecimento com notícias, curiosidades, Egito antigo na mídia, livros e cursos. 
Através da história que ficou escondida no meio do deserto pode-se aprender, vivenciar e até mesmo se divertir. Meu desejo é que, com este blog, você possa vivenciar momentos históricos, entrar nas moradias dos antigos egípcios e "escutá-los" sobre sua cultura, seus conhecimentos e seus desejos.
Espero que você possa se surpreender com a civilização egípcia, além de perceber que várias vezes essa civilização foi mais evoluída que a nossa sociedade atual!
Boa viagem e boa leitura!

Nifertiti



PS.: Meu pseudônimo é Nifertiti com "i" e não como o nome da famosa rainha Nefertiti, com "e".

Tenho formação em cursos de extensão oferecidos pelo MAE/USP:
- Jornada pela Imortalidade: religião e cultura funerária no Antigo Egito
- A Arqueologia das Pirâmides do Egito