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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Especialistas terminam restauração da tumba de Tutancâmon

Após 10 anos de cuidados e consertos, terminou a restauração da tumba do rei Tut. Conduzido pelo Instituto de Conservação Getty, dos Estados Unidos, o processo consistiu em estabilizar as pinturas das paredes do local e instalar um sistema de ventilação para reduzir os danos ao local no futuro.

"Conservação e preservação são importantes para o futuro e para que a herança dessa civilização possam viver para sempre", afirmou o Ministro de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, em comunicado. 

O projeto teve início em 2009 e passou por três fases. A primeira foi até 2011 e consistiu em análises sobre a condição da tumba, pesquisas científicas sobre os materiais e técnicas das pinturas das paredes e suas condições ambientais, bem como diagnóstico das causas que levaram o local a se deteriorar. 

AVALIAÇÕES CIENTÍFICAS DA TUMBA (FOTO: DIVULGAÇÃO/GETTY TRUST/LORI WONG)

A segunda etapa ocorreu entre 2012 e 2014 e contou com testes e implementações dos melhores métodos de conservação dos materiais, estrutura e desenhos da tumba. Isso inclui passagens, barreiras de proteção, melhoria nos sistemas de ventilação e iluminação, e a sinalização dos arredores.

A terceira fase tem como objetivo divulgar os resultados do processo ao redor do mundo, promovendo a ideia de preservação do patrimônio histórico do Egito para o público.


DOCUMENTAÇÃO DAS CONDIÇÕES DO LOCAL (FOTO: DIVULGAÇÃO/GETTY TRUST/LORI WONG)

Conservação
A tumba de Tutancâmon, faraó que governou entre 1336 e 1327 a.C., foi encontrada no Vale dos Reis, no Egito, em 1922. A descoberta foi conduzida pelo pesquisador britânico Howard Carter que, junto com sua equipe, passou os 10 anos seguintes removendo artefatos do local.

O Vale dos Reis se tornou uma grande atração turística, o que afetou a própria tumba, já que visitantes traziam poeira e mudanças na umidade e nos níveis de dióxido de carbono dela, colocando em risco sua preservação — vários micróbios foram encontrados nas pinturas na fase de restauração.

"Todos esses objetos precisam se proteção porque são os resultados de uma escavação que, pela própria definição de arqueologia, destruiu um sítio arqueológico no processo", afirmou o pesquisador Kent Weeks em vídeo de divulgação do Instituto Getty de Conservação.

PROTEÇÕES FORAM INSTALADAS PARA SEPARAR VISITANTES DE ARTEFATOS (FOTO: DIVULGAÇÃO/GETTY TRUST/SHABOURY ASSOCIATES)

Com as melhorias, a tumba atualmente está aberta para visitação de forma mais segura para todos, inclusive para os próprios artefatos e múmia de Tut, que ainda permanecem por lá. 

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