Os restos mortais estão em exibição, pela primeira vez, num museu do Cairo
O mistério de "A múmia que grita", como ficou conhecida, intrigou os arqueólogos durante décadas, mas parece ter sido finalmente resolvido: a expressão de agonia tem origem numa morte que foi um castigo e o homem foi enterrado vivo ou envenenado.
Os restos mortais foram encontrados no vale de Deir El Bahri, muito perto do histórico Vale dos Reis, no Egito, e logo os investigadores se surpreenderam ao se depararem com o rosto mumificado num grito silencioso.
Durante anos, várias teorias tentaram explicar a identidade do homem e perceber qual o motivo para ter sofrido uma morte tão agonizante.
Uma das teorias mais populares é a de ele era o príncipe Pentewere, filho do faraó Ramsés III e de uma das suas mulheres, Tiye.
O príncipe Pentewere conspirou para matar o pai e assumir o trono. Os seus planos não vingaram e foi julgado e condenado à morte.
No entanto, essa teoria foi considerada falsa, tendo em conta a última descoberta.
"Duas forças agiram neste corpo: uma que o tentava destruir e outra que o tentava salvar", disse Bob Brier, um arqueólogo da Universidade de Long Island, em Nova Iorque, que examinou a múmia.
Zahi Hawass, do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, diz que é provável que os restos mortais sejam de um príncipe que envergonhou a família, uma vez que foi enterrado ao lado de outros reis, mas ficou coberto com uma pele de carneiro.
"No Egípcio antigo cobrir com uma pele de carneiro significava que a pessoa não estava limpa, que tinha feito algo mau durante a vida", explicou Zahi.
"Por algum motivo, houve uma tentativa de garantir que ele não tivesse uma vida após a morte, mas houve ainda outra outra tentativa, a de alguém que se preocupou com ele e tentou reverter a situação".
"A múmia que grita" está em exibição durante esta semana no Museu Egípcio, no Cairo, pela primeira vez.
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