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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Arqueólogos descobrem o maior fragmento de obelisco do Egito Antigo

O obelisco recém descoberto.

Uma missão arqueológica suíço-francesa na necrópole de Saquara, dirigida pelo professor Philippe Collombert da Universidade de Genebra, desenterrou a parte superior de um obelisco do Antigo Império que pertencia à rainha Ankhnespepi II, mãe do rei Pepi II (Sexta Dinastia, Antigo Império, por volta de 2350 a.C.).

Collombert disse que a parte do obelisco que foi desenterrado é esculpida em granito vermelho e tem 2,5 metros de altura; o maior fragmento de um obelisco do Antigo Império já descoberto. "Podemos estimar que o tamanho total do obelisco foi de cerca de cinco metros quando estava intacto", disse ele.

Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades, disse a Ahram Online que o artefato foi encontrado no lado leste da pirâmide da rainha e complexo funerário, o que confirma que foi removido do local original na entrada de seu templo funerário.

"As rainhas da 6ª dinastia geralmente tinham dois pequenos obeliscos na entrada do seu templo funerário, mas este obelisco foi encontrado um pouco longe da entrada do complexo de Ankhnespepi II", apontou Waziri, sugerindo que pode ter sido arrastado por cortadores de pedra de um período posterior, pois maior parte da necrópole foi usada como uma pedreira durante o Novo Império e Período Tardio.

Waziri disse que o obelisco também contém uma inscrição de um lado, com o que parece ser o início dos títulos e o nome da rainha Ankhnespepi II.

"Ela provavelmente é a primeira rainha a ter textos inscritos em sua pirâmide", disse Waziri.

Ele explica que antes dela, tais inscrições só eram esculpidas nas pirâmides dos reis. Após Ankhnespepi II, algumas esposas do Rei Pepi II fizeram o mesmo.

Collombert diz que, no topo do obelisco, há uma pequena deflexão que indica que o piramide (a ponta) foi coberto com lajes de metal, provavelmente de cobre ou de folha dourada, para que o obelisco brilhe no sol.

O objetivo principal da missão, que foi estabelecido em 1963 por Jean-Philippe Lauer e Jean Leclant, é estudar os textos da pirâmide do Antigo Império.

Desde 1987, a missão também foi escavar a necrópolis das rainhas enterradas em pirâmides em torno da pirâmide de Pepi I.

Este ano, a missão continua trabalhando no complexo funerário da rainha Ankhnespepi II, a rainha mais importante da 6ª dinastia.

Ankhnespepi II casou-se com Pepi I e, ao morrer, casou-se com o filho, Merenre, de Pepi I com sua irmã Ankhnespepi I.

Ankhnespepi II deu à luz ao futuro rei Pepi II. Merenre morreu quando Pepi II tinha cerca de seis anos de idade.

Ankhnespepi II tornou-se regente e a governante efetiva do país, mas não chegou tão longe como se tornar faraó, como Hatshepsut fez mais tarde.

"Provavelmente, é por isso que sua pirâmide é a maior necrópole depois da pirâmide do próprio rei", disse ele.


 Waziri and Collombert no local

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