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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Polêmica sobre a restauração da pirâmide de Miquerinos

Fonte: Wikimedia Commons


Recentemente, um grupo de arqueólogos do Egito e do Japão iniciaram o “projeto monumental do século”, nas palavras de Mostafa Waziri, o líder da administração de antiguidades egípcias. Eles trabalham na restauração do revestimento externo de granito da Pirâmide de Miquerinos, no Egito.

Polêmicas

Em uma entrevista concedida à AFP, uma das principais egiptólogas do país, Monica Hanna, descreveu o projeto como “absurdo”. “Agora só falta cobrir a Pirâmide de Miquerinos com azulejos!”, ironizou Hanna.

A especialista também se pronunciou em seu Facebook, ao afirmar que “todos os princípios internacionais para renovação proíbem tais intervenções”, e argumentou que não existem indícios de que os blocos de granito tenham sido posicionados sobre a pirâmide. “Portanto, qualquer tentativa de revestir os blocos ao redor da pirâmide é uma interferência flagrante no trabalho original dos construtores.”, concluiu a especialista.

Um dos motivos que levou à restauração do monumento é a importância do turismo para o Egito, conhecido mundialmente como 'país das pirâmides'. Segundo um levantamento do Banco Mundial, 13 milhões de turistas visitaram o país em 2019, que emprega 1 em cada dez egípcios.

Alguns críticos também argumentam que a restauração da Pirâmide de Miquerinos é realizada em um momento desfavorável para o país, que passa por uma recessão econômica. De acordo com informações do portal de notícias egípcio National, o Egito enfrenta o desafio de reembolsar US$ 32 bilhões (R$ 157 bilhões) em empréstimos estrangeiros.

A dívida, vale mencionar, é agravada pela elevação da inflação e pela queda no comércio no Canal de Suez, uma das principais fontes de receitas para o governo egípcio. Apesar disso, o líder do projeto, Waziri, rebateu as críticas em uma entrevista, onde ressaltou que a primeira fase do projeto será financiada pelo Japão.

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Exposição sobre o Egito Antigo em São Paulo: "Tutankamon: uma experiência imersiva"


Exposição sobre o Egito Antigo em São Paulo: "Tutankamon: uma experiência imersiva" — Foto: Divulgação

A exposição estreou dia 19 de janeiro no Shopping Cidade São Paulo. Nela, há sete salas que se intercalam entre painéis explicativos, réplicas de objetos encontrados na tumba do faraó (como máscaras, sarcófagos, sandálias e manequins) e espaços de interação com o público — uma inovação tecnológica da mostra.

Há também uma sala de projeção imersiva em 4K, onde o público assiste a um filme de 30 minutos que narra a origem do Egito segundo a mitologia. E ainda adentra os antigos templos egípcios e conta a história do descobrimento da tumba do faraó Tutancâmon enquanto explora os rituais funerários e a vida após a morte.

Nos espaços de realidade virtual, pode-se assistir a um filme do ponto de vista do faraó mumificado e viajar ao submundo.

A experiência dura cerca de sete minutos e demonstra as crenças do Egito Antigo sobre a vida após a morte sob a perspectiva da alma de Tutancâmon.

O espaço seguinte é de um passeio pelo Vale dos Reis em 1922. Com óculos de realidade virtual, o visitante caminha por uma sala enquanto se insere em um metaverso: a visão em primeira pessoa permite adentrar o cenário da descoberta da tumba.

O próximo espaço é o da cabine fotográfica, onde pode-se tirar uma foto do próprio rosto que será editada para revelar seu espírito egípcio enquanto faraó, sacerdote ou escriba.

A exposição fica aberta até 19 de maio, com ingressos diários limitados que podem ser adquiridos no site da Ticketmaster a partir de R$80, com descontos para visitas em grupo.


Serviço

Local: 4º Piso do Shopping Cidade São Paulo, na Av. Paulista, 1230 - Bela Vista, São Paulo - SP

Quando: de 19 de janeiro a 19 de maio de 2024

Horário: Terça a sábado, das 10h às 22h; domingo, das 12h às 21h

Entrada: Ingressos a partir de R$80 (inteira)


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