Os egípcios antigos costumavam desenhar as constelações em templos. No entanto, muitas delas apagaram-se. Por exemplo, fuligem cobria as paredes do templo de Esna, no Egito. Restaurando o local, então, eles enxergaram muitas novas descobertas abaixo das paredes de sujeira e fuligem, dentre as quais destacam-se as novas constelações do Egito Antigo.
Segundo disse o líder do projeto e egiptologia na Universidade de Tübingen, na Alemanha, Christian Leitz, ao LiveScience, “parece que foi pintado ontem. Mas não estamos repintando nada, estamos apenas removendo a fuligem”. Ele diz isso pois os arqueólogos se espantaram ao retirar a fuligem com álcool e água destilada. De alguma forma, a pintura se conservou abaixo de tantas camadas de sujeira.
(Ahmed Amin)
Dentre as pinturas estavam as constelações de Ursa Maior e Orion – Mesekhtiu e Sah, respectivamente, para os egípcios. Mas essas já conhecíamos. Uma delas era a ‘Apedu n Ra’, ou ‘Gansos de Rá’. Rá é o deus egípcio do Sol. Mas não há outros pontos de contextualização, então os pesquisadores não sabem quais constelações ou estrelas de hoje elas representavam.
O descuido quase destruiu o templo. Este não era o único tempo na cidade de Esna. No entanto, no século XIX, quando o Egito passou a se industrializar, eles destruíram dois tempos e o tempo de Esna tornou-se um depósito de algodão. Pela localização central, a região valorizou-se e as pessoas construíram imóveis encostados e suas paredes, além de outros mal cuidados.
Hoje, o que chamamos de templo de Esna é apenas o vestíbulo do local, chamado de pronaos, com seus 740 metros quadrados (37m por 20 m) e 15 metros de altura. Antes, algumas décadas após o início da Era Comum, há dois mil anos, provavelmente o imperador romano Claudius já diminuíra o templo. Ali na frente há um edifício que fora um templo romano, já que durante um certo tempo o Império Romano comandou o Egito.
A construção
24 colunas sustentam o telhado do templo. Delas, 18 colunas independentes foram adornadas e decoradas com temas vegetais. No teto, há os desenhos astronômicos, o que inclui as novas constelações. As inscrições hieroglíficas também tornam o templo famoso – descrevem pensamentos religiosos e grandes eventos por ali. “Na arquitetura de templos egípcios, essa é uma exceção absoluta”, diz o egiptólogo Daniel von Recklinghausen em um comunicado.
(Ahmed Amin)
Em 1589 um comerciante de Veneza, até então uma cidade independente na península Itálica (na época a Itália não era unificada), visitou o templo e, impressionado levou suas descrições para a Europa. Outro que se impressionou de forma considerável foi Napoleão Bonaparte.
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