Reportagem retirada na íntegra de:
(FOTO: DIVULGAÇÃO)
De um lado, uma pilha de cinzas e entulhos produzidos pelo incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, em setembro de 2018. Do outro, pesquisadores que há 20 anos vêm desenvolvendo um projeto de criação de réplicas tridimensionais em impressoras 3D. Envolvidos nos esforços de recuperação do acervo consumido pelo fogo, eles lançaram a ideia: por que não tentar reconstituir as peças perdidas com o material resultante do próprio incêndio? “Logo começamos os testes, até porque o material derivado da destruição era abundante”, conta o paleontólogo Sergio Kugland, diretor do museu entre 2003 e 2010 e integrante da força-tarefa para reerguer a instituição. Assim, centenas de itens — entre eles o crânio de Luzia, amuletos egípcios, um fóssil de crocodilo, vasos milenares e o caixão de uma múmia — estão sendo montados no tamanho original. O grupo multidisciplinar envolve pesquisadores do museu, da PUC-Rio e do Instituto Nacional de Tecnologia, além da cooperação de órgãos internacionais com experiência em tomografia e impressão 3D, atuando em áreas como paleontologia e medicina. A impressão é só a etapa final, já que boa parte das peças do museu já vinha sendo digitalizada nas últimas duas décadas — o que permitirá ao museu, literalmente, renascer das cinzas.
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