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terça-feira, 23 de abril de 2019

Refutado mito sobre as profissões femininas no antigo Egito

Uma equipe de cientistas acaba de fazer uma descoberta que pode mudar a opinião dos historiadores sobre as profissões praticadas pelas mulheres no antigo Egito.

Depois de analisarem os dentes de uma mulher egípcia com mais de 50 anos, cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, concluíram que a mulher se dedicava a uma profissão tradicionalmente masculina: artesanato em papiro. Até então, cientistas e historiadores acreditavam que este eram um ofício vetado às mulheres da época.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Science, os cientistas analisaram os dentes com mais de 4.000 anos (2181 – 2055 a.C.) e encontraram sinais de desgaste em 16 dos seus 24 dentes.

Nos dois incisivos do maxilar superior foram encontrados vestígios de destruição na forma de uma cunha, enquanto nos outros 14 foram encontrados sinais de abrasão. Este tipo de desgaste, observa o portal de Science Alert, era característico dos artesãos, que utilizavam os dentes para morder o papiro.

Segundo escrevem os cientistas na publicação, a mulher egípcia usava este material vegetal para fazer caixas e cestas, bem como sandálias, cortinas e tapetes.

Dois dos dentes analisados, Lovell & Palichuk, Bioarchaeology of Marginalized People, 2019

Até então, acreditava-se que as mulheres do antigo Egito só poderiam dedicar-se a seteprofissões, de acordo com as inscrições e imagens nas paredes dos túmulos: sacerdotisas, cantoras, músicas, dançarinas, enlutadas [pessoa que está de luto], parteiras e tecelãs.

Os restos analisado, escavados na década de 1970, foram encontrado numa necrópole em Menfis, primeira capital do antigo Egito.
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