Uma missão arqueológica descobriu em Saqqara o túmulo de um dignitário chamado “Khuwy” ou “Khuy” (acompanhe clicando aqui) e o nome de uma antiga rainha desconhecida até agora, que possivelmente era a esposa do faraó Djedkare.
Arqueólogos encontraram o nome da rainha Setibhor, que não era conhecida por fontes antigas, gravada numa coluna de granito vermelho na parte sul de um complexo piramidal até então anônimo localizado ao lado da pirâmide de Djedkare.
A inscrição diz: “Aquele que vê Hórus e Seth, o grande do cetro dos heróis, o maior dos louvores e a esposa do rei, sua amada Setibhor”.
O complexo piramidal da rainha Setibhor é uma das mais antigas pirâmides em Saqqara. Construído no final da dinastia V é também o maior complexo piramidal construído para uma rainha durante o Reino Antigo. O templo funerário incorporou elementos arquitetônicos e câmaras que eram reservadas apenas para os reis do Antigo Império.
O complexo da pirâmide e o templo foram descobertos nos anos 50, mas o nome do proprietário era desconhecido até agora. O grande tamanho do complexo da pirâmide da rainha Setibhor e o seu título podem indicar a sua intervenção direta para ajudar o marido, o faraó Djedkare, a ascender ao trono do Egito no final da V Dinastia.
“Parece que Djedkare queria honrar a esposa através da construção de um enorme complexo de pirâmide, com muitas características incomuns, incluindo colunas de granito palmiformes, que constituem um elemento arquitetônico conhecido até agora apenas no complexo piramidal dos reis e não utilizado em Templos das Rainhas durante o período do Antigo Reino”.
Nas investigações foi descoberto também o túmulo de “Khuwy” ou “Khuy”, um dignitário que viveu durante a V dinastia. Mostafa Waziri, secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades, explicou que a sepultura consiste numa câmara de oferta em forma de L, que foi decorada com relevos. Apenas a parte inferior desta decoração é conservada, uma vez que os blocos de calcário branco foram reutilizados em outras construções na antiguidade.
A missão descobriu na parede norte do túmulo a entrada para uma estrutura inferior única, semelhante às pirâmides da V Dinastia. Essa parte da sepultura começa com um corredor descendente, que leva a uma pequena sala. Uma entrada na parede sul dá acesso a uma antecâmara decorada com cenas do proprietário do túmulo sentado diante de uma mesa de ofertas, bem como uma lista de ofertas e a fachada do palácio.
Mohamed Megahed, chefe da missão arqueológica, disse que, através de duas entradas na parede oeste da antecâmara, a missão localizou uma segunda sala sem decoração que era usada como câmara funerária. “Parece que o espaço da câmara funerária estava quase completamente preenchido com um sarcófago de calcário, que foi encontrado totalmente destruído por antigos ladrões de túmulos”, acrescentou Megahed.
Uma entrada na parede sul da antecâmara decorada leva a uma pequena sala, que provavelmente foi usada como depósito. Arqueólogos encontraram a sala cheia de entulho, sem valor.
De acordo com Megahed, “a descoberta da tumba destaca a importância da era Djedkare e o final da V Dinastia em geral”. A missão descobriu os restos de Khuwy ou Khuy, que mostram traços de mumificação.
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