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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Descoberta de um grande túmulo de pedra em Tebas

O exterior do grande túmulo da rocha. Reuters

Uma enorme tumba estava escondida a poucos passos da rota normal de visita que os turistas fazem todos os dias, escondida por centenas de metros cúbicos de detritos de um par de séculos de escavações arqueológicas na área.
Ao norte do enterro de Roy (TT255), que pode ser visitado na necrópole de Dra Abu el Naga, foi identificado e escavado por uma missão egípcia dirigida por Mostafa Waziri, o maior "túmulo do saff" conhecido de Tebas Ocidental. A estrutura consiste em um vasto pátio aberto no qual se abre uma fachada monumental de 55 metros, com 18 entradas intercaladas com pilares.

Aqui Djehutyshedsu foi enterrado, cujo nome e numerosos títulos - "príncipe", "prefeito", "Portador dos selos do Rei do Alto e do Baixo Egito" - podem ser lidos nas faces pintadas dos pilares e em alguns dos mais de 50 cones funerários encontrados .

Nos cantos norte e sul, dois poços de 11 metros de profundidade datam, segundo a egiptóloga Friederike Kampp, uma das maiores especialistas da necrópole tebana, da XVII dinastia (16650-1550 aC), embora usada até o reinado de Hatshepsut (1479- 1458) no início da XVIII dinastia.

Na tumba, as paredes são decoradas com cenas rituais do falecido na presença dos deuses e atividades diárias, como caçar, pescar e fazer barcos de papiro. O kit fúnebre inclui vasos, dezenas de ushabti de madeira ou faiança, estatuetas de madeira, uma máscara de cartonagem, tampas de calcário canópico e um raro papiro intacto, escrito em hierático e ainda envolto em linho. Uma moeda de bronze da época de Ptolomeu II (285-246) evidentemente atesta uma participação mais recente.

Ao redor da quadra, como frequentemente acontece, há 6 tumbas menores ainda a serem investigadas.

Não muito longe, na necrópole de Abd el-Qurna, outros dois túmulos foram anunciados pelo Ministério das Antiguidades. Datando da 19ª dinastia (1291-1185), eles pertencem a dois oficiais chamados Akhmenu e Meryra. Pouco se sabe sobre o primeiro, enquanto um esplêndido sarcófago policromado foi encontrado no segundo.

Fonte:
http://www.nationalgeographic.it/wallpaper/2019/04/22/foto/tebe_ovest_grande_tomba_rupestre_djehutyshedsu_funzionario-4378763/?fbclid=IwAR3aC6Uxx8tdTSpfnFj23RscW4VsDT2QlGfsQSzyjm_hyyUfJcJ4Z2jEbOo&refresh_ce

Descoberta em Saqqara: uma rainha egípcia desconhecida

Uma missão arqueológica descobriu em Saqqara o túmulo de um dignitário chamado “Khuwy” ou “Khuy” (acompanhe clicando aqui) e o nome de uma antiga rainha desconhecida até agora, que possivelmente era a esposa do faraó Djedkare.

Arqueólogos encontraram o nome da rainha Setibhor, que não era conhecida por fontes antigas, gravada numa coluna de granito vermelho na parte sul de um complexo piramidal até então anônimo localizado ao lado da pirâmide de Djedkare.

A inscrição diz: “Aquele que vê Hórus e Seth, o grande do cetro dos heróis, o maior dos louvores e a esposa do rei, sua amada Setibhor”.

O complexo piramidal da rainha Setibhor é uma das mais antigas pirâmides em Saqqara. Construído no final da dinastia V é também o maior complexo piramidal construído para uma rainha durante o Reino Antigo. O templo funerário incorporou elementos arquitetônicos e câmaras que eram reservadas apenas para os reis do Antigo Império.

O complexo da pirâmide e o templo foram descobertos nos anos 50, mas o nome do proprietário era desconhecido até agora. O grande tamanho do complexo da pirâmide da rainha Setibhor e o seu título podem indicar a sua intervenção direta para ajudar o marido, o faraó Djedkare, a ascender ao trono do Egito no final da V Dinastia.

“Parece que Djedkare queria honrar a esposa através da construção de um enorme complexo de pirâmide, com muitas características incomuns, incluindo colunas de granito palmiformes, que constituem um elemento arquitetônico conhecido até agora apenas no complexo piramidal dos reis e não utilizado em Templos das Rainhas durante o período do Antigo Reino”.

Nas investigações foi descoberto também o túmulo de “Khuwy” ou “Khuy”, um dignitário que viveu durante a V dinastia. Mostafa Waziri, secretário geral do Conselho Supremo de Antiguidades, explicou que a sepultura consiste numa câmara de oferta em forma de L, que foi decorada com relevos. Apenas a parte inferior desta decoração é conservada, uma vez que os blocos de calcário branco foram reutilizados em outras construções na antiguidade.

A missão descobriu na parede norte do túmulo a entrada para uma estrutura inferior única, semelhante às pirâmides da V Dinastia. Essa parte da sepultura começa com um corredor descendente, que leva a uma pequena sala. Uma entrada na parede sul dá acesso a uma antecâmara decorada com cenas do proprietário do túmulo sentado diante de uma mesa de ofertas, bem como uma lista de ofertas e a fachada do palácio.

Mohamed Megahed, chefe da missão arqueológica, disse que, através de duas entradas na parede oeste da antecâmara, a missão localizou uma segunda sala sem decoração que era usada como câmara funerária. “Parece que o espaço da câmara funerária estava quase completamente preenchido com um sarcófago de calcário, que foi encontrado totalmente destruído por antigos ladrões de túmulos”, acrescentou Megahed.

Uma entrada na parede sul da antecâmara decorada leva a uma pequena sala, que provavelmente foi usada como depósito. Arqueólogos encontraram a sala cheia de entulho, sem valor.

De acordo com Megahed, “a descoberta da tumba destaca a importância da era Djedkare e o final da V Dinastia em geral”. A missão descobriu os restos de Khuwy ou Khuy, que mostram traços de mumificação.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Tratado médico do antigo Egito revela conhecimentos de 3600 anos


"Papiro de Edwin Smith" é o mais antigo tratado médico do mundo, que remonta ao Segundo Período do Egito Antigo, ou seja, por volta de 1600 a.C. - mais de mil anos antes do nascimento do médico grego Hipócrates. Seu nome é uma homenagem ao colecionador de antiguidades Edwin Smith, que o comprou em 1862 na cidade de Luxor, ao sul do Egito. Em 1906, com a morte de Smith, o documento foi entregue à Sociedade Histórica de Nova York, e apenas em 1920 o egiptólogo estadunidense James Henry Breasted conseguiu traduzi-lo, ficando provavelmente entusiasmado por perceber que tinha em suas mãos um antigo livro de medicina.

No papiro foram usadas as tinhas preta e vermelha para separar o corpo principal do texto dos glossários explicativos. Breasted acreditava que os glossários em vermelho (69 deles no total) foram adicionados alguns séculos após o texto original ter sido escrito, registrando também que o escriba (cujo nome não foi preservado) cometeu muitos erros ao redigir os textos, alguns dos quais foram corrigidos nas margens.

Papiro em livro publicado por Breasted / Créditos: Reprodução

De acordo com o arqueólogo Breasted, os papiros contêm um total de 48 casos médicos organizados sistematicamente. Os exemplos se iniciam com tratamentos para lesões na cabeça, se estendendo pelo corpo com fraturas na coluna vertebral e no tórax. Pelo fato de o documento estar incompleto, os tratamentos para lesões na parte inferior do corpo não foram registrados.

As instruções do papiro se organizam de forma sistemática, iniciando com um "Título introdutório" seguido pela seção "Sintomas significativos" -- que fornece um exame detalhado sobre o dano sofrido. Por fim há a seção "Diagnóstico", na qual se coloca um veredicto sobre a possibilidade de tratamento: favorável, incerto ou desfavorável.

Página do papiro / Créditos: Reprodução

Alguns exemplos de ferimentos encontrados no papiro de Edwin Smith incluem lesões no crânio, como por exemplo "uma ferida na cabeça que penetra no osso do crânio"(Caso 1) e "uma fratura craniana sob a pele da cabeça" (Caso 8). Também se encontram tratamentos para lesões faciais, como "um golpe na narina" (Caso 13) e "fratura na bochecha" (Caso 16) e lesões no tronco, como "uma ferida no peito" (Caso 40) e "uma luxação das costelas do tórax" (Caso 43). Com base na natureza dessas lesões, pesquisadores têm sugerido que este tratado médico lida com um grupo específico de pacientes: soldados e trabalhadores de construções que se feriram durante o expediente.

Finalmente, deve-se notar que o papiro de Edwin Smith demonstra a abordagem altamente metódica e racional adotada pelos antigos egípcios para lidar com tais ferimentos. Por exemplo, os tratamentos incluem o fechamento de feridas com suturas, bandagens, talas, cataplasmas, prevenção de infecções com mel e a imobilização do corpo, no caso de lesões na coluna vertebral. Além do procedimento passo-a-passo usado em cada caso, também é notável o fato de que usa-se a magia apenas em um dos 48 casos preservados no texto.

Texto adaptado do original de Joseane Pereira, que você pode conferir em:

Pesquisadores do Museu Nacional irão ao Egito para restaurar tumba

ENTRADA DA TUMBA DE NEFERHOTEP (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O Museu Nacional, cujo prédio e coleção foram devastados por um incêndio no ano passado, planeja levar pesquisadores ao Egito para participar da restauração da tumba de Neferhotep, processo que envolve especialistas da Argentina (coordenadores do projeto), Alemanha e Itália. Porém a viagem brasileira, que aconteceria no próximo mês, foi adiada por “algumas questões burocráticas”, segundo a assessoria de imprensa da entidade.

A arqueóloga argentina Violeta Pereyra, professora catedrática da Universidade de Buenos Aires e líder do projeto de pesquisa sobre a tumba, que teve início em 1999, explica que a equipe brasileira deverá iniciar os trabalhos em janeiro de 2020. Pereyra confirmou os entraves burocráticos no Egito: no último ano, foram feitas mudanças na liberação das permissões de trabalho estrangeiro.

Segundo a arqueóloga, que está no Egito trabalhando na restauração, o projeto já está em fase avançada de recuperação, mas ela ressalta a importância da participação brasileira, sob a liderança do professor Antonio Brancaglion — o acordo com o Museu Nacional foi firmado há cinco anos. “A conservação está a cargo de pesquisadores alemães, que têm a capacidade de preservar e conservar a pintura mural. No entanto, para que o monumento possa ser apresentado ao público, é necessário o trabalho de historiadores e arqueólogos, por isso a ideia de convocar os pesquisadores do Museu Nacional, que contou com a melhor coleção egípcia da América Latina, deu possibilidade de desenvolver investigações bem específicas na arqueologia.”

Afirmações como essa têm grande peso no momento por que passa o Museu Nacional. O fogo de setembro passado destruiu não apenas a múmia da sacerdotisa-cantora Sha-amum-em-su, mas uma coleção de 700 peças funerárias, adquiridas tanto por D. Pedro I quanto D. Pedro II. “Acho que isso afetará a formação das futuras gerações de pesquisadores. Isso não significa que não haja outras possibilidades de trabalhar com a coleção, que está muito bem documentada”, afirma Pereyra.

Segundo a egiptóloga, as academias argentina e brasileira têm produzido grandes avanços no estudo da tumba de Neferhotep, chefe dos escribas do Templo de Karnak, contemporâneo do faraó Tutancâmon, que viveu por volta de 1300 a.C.


ARQUEÓLOGAS VIOLETA PEREYRA E NINA VERBEEK NA TUMBA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Os escribas no Egito Antigo eram responsáveis pelo registro de transações comerciais, atos administrativos e religiosos, tendo uma importância visceral para os faraós. E este nobre liderava o templo de Amon, que reuniu o clero mais poderoso do antigo Egito, representando um deus considerado o rei dos deuses e a força criadora da vida. Ele não era tido apenas chefe dos escribas, era chamado de “Escriba e o Grande”. Ainda foi responsável pela administração da manufatura de tecidos em todo o Egito.

Golpe de Estado
Neferhotep tinha a mais alta posição e viveu em um período de grandes mudanças políticas e religiosas, entre o fim do império de Akhenaton e o início do domínio de Tutancâmon. “Nós estamos seguros — e as investigações estão mostrando — que essa tumba é uma boa fonte de informação para documentar o que ocorreu ness
e período”, afirma Pereyra. A tumba está localizada no Vale dos Reis, na Necrópole de Tebas, próxima à margem do rio Nilo, e foi pesquisada pela primeira vez por Norman de Garis Davies, que publicou um estudo em 1933.

Influenciado pelo Deus Sol (Re-Harakti), o faraó Amehotep IV deixou Tebas, a sede do poderoso Templo de Amon (Karnak). Criou uma cidade em Amarna que se chamaria Akhetaton e aboliu os mais de 2 mil deuses do Antigo Egito para existir apenas Aton (o disco solar). Ele próprio mudou seu nome para Akhenaton, “aquele que é favorável a Aton”. Poeta e dedicado às artes, Akhenaton relevou o papel do exército, perdendo territórios e enfurecendo os sacerdotes pela sua mudança religiosa. Essa decisão retirou os poderes da casa de Amon. “Foi o mais próximo [na antiguidade egípcia] que se chegou ao monoteísmo”, diz o egiptólogo Júlio Gralha, professor de História Antiga da Universidade Federal Fluminense (UFF).

José Roberto Pellini, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que Akhenaton instituiu o culto ao “disco solar” como uma forma de reduzir o poder do clero de Amon, que ficara extremamente poderoso após a expansão do império conduzido pelo faraó Tutmósis III. “Foi uma reforma com fundo político e econômico, porque após a sua morte houve a restituição de todos os deuses. Quando ele muda a religião, quem segue o novo culto ao deus Aton, deus único, é a nobreza e família real.”

Segundo Pereyra, “Akhenaton fez uma mudança na ideologia para tornar o poder mais autocrático e reduzir o poder da elite tebana. Nessa perspectiva, estaríamos praticamente frente a um golpe de Estado, que é a culminação de um longo processo durante a 18ª dinastia”.

E a tumba de Neferhotep ganha grande relevância nesse processo, uma vez que sua família foi opositora à reforma promovida por Akhenaton. Algumas dessas transições de governo estão impressas nas paredes dessa tumba.

Segundo o pesquisador Rennan Lemos, que participou de escavações da tumba e continua colaborando com as pesquisas de Pereyra, a sepultura de Neferhotep dá acesso a outras cinco. “A tumba é a principal de um complexo funerário. Há fragmentos de caixões, existem amuletos, múmias e partes de múmias e material das reocupações.”

Lemos diz que houve ali influência de ocupações da população árabe local, e as tumbas eram usadas como casa ou celeiro, onde eram feitas muitas fogueiras. A fumaça enegreceu muitas das imagens e hieróglifos nas paredes, cenas que pouco a pouco estão sendo reveladas pelo uso de laser na redefinição de traços dos desenhos nas paredes. Com a ajuda do Museu Nacional, em breve a documentação completa dessas imagens e hieróglifos poderá contribuir para abrir a tumba para visitação de turistas o mais breve possível.

Retirado na íntegra de:

Refutado mito sobre as profissões femininas no antigo Egito

Uma equipe de cientistas acaba de fazer uma descoberta que pode mudar a opinião dos historiadores sobre as profissões praticadas pelas mulheres no antigo Egito.

Depois de analisarem os dentes de uma mulher egípcia com mais de 50 anos, cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, concluíram que a mulher se dedicava a uma profissão tradicionalmente masculina: artesanato em papiro. Até então, cientistas e historiadores acreditavam que este eram um ofício vetado às mulheres da época.

De acordo com a nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica Science, os cientistas analisaram os dentes com mais de 4.000 anos (2181 – 2055 a.C.) e encontraram sinais de desgaste em 16 dos seus 24 dentes.

Nos dois incisivos do maxilar superior foram encontrados vestígios de destruição na forma de uma cunha, enquanto nos outros 14 foram encontrados sinais de abrasão. Este tipo de desgaste, observa o portal de Science Alert, era característico dos artesãos, que utilizavam os dentes para morder o papiro.

Segundo escrevem os cientistas na publicação, a mulher egípcia usava este material vegetal para fazer caixas e cestas, bem como sandálias, cortinas e tapetes.

Dois dos dentes analisados, Lovell & Palichuk, Bioarchaeology of Marginalized People, 2019

Até então, acreditava-se que as mulheres do antigo Egito só poderiam dedicar-se a seteprofissões, de acordo com as inscrições e imagens nas paredes dos túmulos: sacerdotisas, cantoras, músicas, dançarinas, enlutadas [pessoa que está de luto], parteiras e tecelãs.

Os restos analisado, escavados na década de 1970, foram encontrado numa necrópole em Menfis, primeira capital do antigo Egito.
Fonte:

Curitiba vai ganhar um museu totalmente dedicado ao Faraó Tutankhamon




Maior complexo egípcio do país, a Ordem Rosacruz, AMORC, em parceria com o arqueólogo egípcio e cientista Zahi Hawass, por meio do projeto da empresa “Laboratorio Rosso”, da Itália, lançam em Curitiba no segundo semestre desse ano um novo museu: O Rei Menino de Ouro: Tutankhamon. Especialista na história do Faraó Tutankhamon, o professor Zahi Hawass concebeu a ideia e desenvolveu o conceito do novo museu.

Ao contrário do Museu Egípcio e Rosacruz que trabalha uma nova temática para suas exposições a cada dois anos, o novo espaço será totalmente dedicado a expor a história de Tutankhamon apresentando ao público réplicas fiéis às originais de algumas das peças que foram encontradas em sua tumba no ano de 1922. Essas peças foram confeccionadas pelo laboratório do Conselho de Antiguidades do Egito, no Cairo.

Retirado na íntegra de:

Descoberta tumba egípcia de 4.000 anos que parece ter acabado de ser pintada

O Ministério de Antiguidades do Egito revelou a descoberta de uma tumba de 4.000 anos decorada com inscrições e desenhos coloridos na necrópole de Saqqara, ao sul do Cairo. O impressionante, nesta tumba, é que a pintura está vibrante parecendo que as tintas ainda estão frescas


O túmulo provavelmente pertenceu ao nobre chamado Khuwy, da Quinta Dinastia egípcia, período que abrangeu o século 25 a 24 aC.

De acordo com Mohamed Mujahid, chefe da equipe de escavação, a estrutura está projetada em uma distintiva forma de L e inclui um pequeno corredor que leva a uma antecâmara. Outra característica é um túnel de entrada, normalmente encontrado apenas em pirâmides. Mais além está a grande câmara, que abriga os desenhos multicoloridos.


Os tons bem preservados são normalmente associados à realeza. Isso, junto com características estruturais únicas, levaram os arqueólogos a acreditar que talvez Khuwy tivesse um contato próximo com Djedkare Isesi, o faraó daquele período, cuja pirâmide está localizada nas proximidades. Eles podem ter sido parentes, ou a tumba pode ter sido projetada de acordo com as reformas administrativas e de cultos funerários sancionadas pelo governante.

Junto com as representações da tumba, os arqueólogos também encontraram a múmia e os canopos de Khuwy – recipientes usados ​​para conter órgãos do corpo divididos em várias partes.

Com a descoberta, os pesquisadores esperam obter uma visão melhor do reinado de 40 anos de Djedkaré Isesi.

Para a cerimônia de abertura do sítio arqueológico, o ministro Khaled al Enani convidou 52 embaixadores estrangeiros e adidos culturais, bem como a famosa atriz egípcia Yosra.

Este túmulo é apenas o mais recente de uma série de achados arqueológicos do Ministério das Antiguidades egípcio. Em 2018, pesquisadores encontraram outros desenhos excepcionalmente preservados em Saqqara, além de um cemitério de gatos com uma coleção de escaravelhos mumificados.

O país espera que as descobertas ajudem em seus esforços contínuos para reviver a economia turística, que ainda não se recuperou totalmente das revoltas políticas de 2011.

Fonte: