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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tomógrafo de alta definição analisa múmia do Museu Nacional, no Rio



Pesquisadores do Museu Nacional, no Rio, estão investigando uma múmia de mais de dois mil anos trazida do Egito por Dom Pedro I.

“A gente saber o estado que ela está para ver se tem algum risco de conservação, se tem insetos. Tem toda a parte ligada aos estudos biológicos e médicos”, explicou Antonio Brancaglion, egiptólogo do Museu Nacional da UFRJ.

Um exame de tomografia vai ajudar a desvendar o mistério. A múmia estava há décadas guardada no acervo reserva do museu. Os pesquisadores sabem apenas que era uma criança.

“Ela foi comprada por dom Pedro I já aqui no Rio de Janeiro”, explica Antonio.

Pelas características, os pesquisadores acreditam que a múmia tenha entre 2.100 e 2.600 anos. Isso por causa da cor da bandagem. Um tomógrafo de alta definição, a tecnologia mais moderna disponível hoje no país, mostra em detalhes o que há dentro dela.

“O esqueleto está praticamente completo, com poucas modificações. Os ossos na posição anatômica e, com isso, a gente vai ter uma boa peça para estudo”, disse Sheila Mendonça de Souza, paleopatologista da Fiocruz.

“As mumificações procuravam preservar o coração, porque o coração precisava ser pesado na balança do juízo final”, explica Sheila.

Pela arcada dentária e os ossos, a paleopatologista acredita que a múmia seja de uma menina de 12 anos.

As imagens já serviram para o primeiro teste de impressão 3d, feito pela PUC-Rio e pelo Instituto Nacional de Tecnologia: uma réplica, em miniatura.

A próxima já deve ser em tamanho natural: um metro e 14 centímetros.

“Para os pesquisadores é incrível, é uma técnica não invasiva. Não precisa destruir o material para acessar a estrutura interna. Então se pode materializar fisicamente o que só se consegue ver no computador”, explica o pesquisador da PUC-Rio, Jorge Lopes.

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