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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Para conhecer mais: uma brasileira no Egito

Gislaine é brasileira e uma das donas da loja virtual de produtos egípcios Brasgypt. Porém o que vocês não sabem é que ela mora na cidade de Alexandria, no Egito. E hoje o nosso bate-papo é com ela! Vamos saber mais como foi essa transição Brasil/Egito e um pouquinho dos costumes atuais de lá.

Egito – fascínio de uma civilização: Gislaine, conta para a gente como se deu essa transição Brasil/ Egito. Você já sentia admiração pelo Antigo Egito antes de pensar em se mudar para o Egito? E como foi a sua adaptação?
Gislaine.: Bom, no começo eu era novinha e só era fascinada pelas séries de tv, como a famosa novela “Pelos Poderes de Ísis”, não sei se alguém aqui se lembra. Com o tempo, eu conheci um egipiciano que me fascinou e encantou e assim que me conheceu, me pediu em casamento, igual as historias de sonhos que você ouvia quando criança. E eu também me encantei com ele e aceitei... esse foi o motivo principal da minha mudança do Brasil para o Egito: me casei.
Quanto à adaptação, não foi muito radical aqui. Assim que cheguei todos os egipicianos e familiares eram muitos gentis e simpáticos, é um povo muito aconchegante, a cultura que mais me fascinava pelo respeito com os idosos e mulheres e o principal, a famílias eram muitos unidas.

Egito – fascínio de uma civilização: E qual idioma você usa para se comunicar no Egito? Como foi para você aprender o árabe?
Gislaine.: Bom, no começo foi meio difícil pois a diferença é muito grande entre o idioma latino e o árabe, no começo me comunicava falando o inglês e tudo perguntava o que significava em árabe, e como o meu sogro falava, eu colocava tudo no meu computador, quer dizer na memória... com a convivência aprendi muito, o árabe é difícil porque tem muitas palavras que significam muitas coisas dependendo do lugar dela na frase, mas agora falo muito bem o árabe e escrevo também.

Egito – fascínio de uma civilização: Sendo mulher, como é para uma brasileira morar no Egito, há algum tipo de preconceito?  E quais os tipos de empregos que as mulheres mais procuram no Egito?
Gislaine.: Preconceito não tem, porque aqui eles adoram estrangeiras, mas você tem que respeitar a cultura deles. Aqui, agora, tem muitas brasileiras que vem através da Internet e grupos do Facebook conhecer egípcios e algumas se dão bem em casar, mas também tem os que exploram.
Quanto ao emprego acho que cada um vem de acordo com a sua carreira, elas sempre procuram em locais de Internet, no ramo do Spa, cabelereira, inclusive tem um Salão de Beleza “katameya” aqui no Cairo de uma brasileira.

Egito – fascínio de uma civilização: Eu já li que no Egito atual a segurança é maior que no Brasil, ou seja, andar nas ruas do Egito é mais seguro do que andar nas ruas do Brasil, com os atuais índices de violência que temos. Você concorda com isso?
Gislaine.: Bom, a segurança no Brasil faz tempo que não tenho noticias, mas aqui da pra você andar na rua meia-noite sem ser atacada, mas tem registros de assaltos e roubos, afinal de contas o crime esta em todo o lugar no mundo.

Egito – fascínio de uma civilização: Do que você mais sente falta no Brasil que não encontra no Egito? E no que o Egito te conquistou?
Gislaine.: Bem, o que mais sinto falta é da minha família que deixei lá, e também do bom feijãozinho preto e da nossa querida farinha de mandioca, o resto da pra improvisar.
E o que me conquistou foi a união entre os amigos e familiares, aqui sempre ajudam um ao outro com fidelidade.

Egito – fascínio de uma civilização: Falando no nosso feijão preto e farinha de mandioca, conte-nos um pouco sobre os costumes culinários do Egito? Você se adaptou facilmente?
Gislaine.: Bom, os pratos aqui são diversos e bem temperados com alho, condimentos e muita manteiga, que aqui se chama “samina”, tem um prato que adoro que se chama “molokhia” e é feito de caldo de galinha com um tipo de folhinhas verdes trituradas e alho frito. Foi um pouco difícil porque os temperos aqui são fortes, mas agora não vivo sem eles.

Egito – fascínio de uma civilização: Quais são as atividades de lazer que os egípcios mais fazem?
Gislaine.: Bem, as atividades são ir ao parque, ao cinema, passear na rua “Cornish”, e andar de “fuluka”, quer dizer barcos no Rio Nilo, passear com amigos e familiares...

Egito – fascínio de uma civilização: Eu quero muito andar de “fuluka” aí, Gislaine rsrs, mas continuando, quais pontos turísticos você mais admira?
Gislaine.: São as pirâmides é claro, Cidatel no Cairo, o Vale dos Reis, o Templo de  Hatshepsut, em Luxor, e finalmente em Alexandria, temos O Castelo de Montaza que era do Rei Farouk, O Pilar de Pompeu, o Castelo de Qaitbay, o Teatro Romano e a famosa biblioteca de Alexandria.

Egito – fascínio de uma civilização: Essas foram ótimas dicas de pontos turísticos! Gislaine, gostaria de agradecer sua participação no Blog, que com certeza deu mais vontade de conhecer o Egito. Agora, para finalizar, qual dica você dá para os brasileiros que querem morar no Egito?
Gislaine.: Primeiro, você vai mudar a sua vida radicalmente, esteja preparado, nem tudo que se faz no Brasil você pode fazer aqui, não poderá ir a praia de biquíni e nem andar de short pela rua, etc rsrs. Aqui eles gostam muito de respeito como antigamente no Brasil, são muito conservadores na cultura, não tem álcool pra vender em todo lugar e a famosa cervejinha do sábado você pode esquecer, assim como as baladas todos os finais de semana. Se você vem a procura de aventuras e de conhecer uma cultura perdida no tempo, venha e aproveite! Se vem a procura de amor, os egipicianos são bem românticos, mas cuidado para não cair em armadilhas, nem todo gato é preto...

Gislaine – Natural de Curitiba, Paraná – Brasil – atualmente mora em Alexandria, no Egito e é uma das donas da loja virtual Brasgypt de produtos importados do Egito.
Site da loja:


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