Gislaine é brasileira e uma das donas da loja virtual de
produtos egípcios Brasgypt. Porém o que vocês não sabem é que ela mora na
cidade de Alexandria, no Egito. E hoje o nosso bate-papo é com ela! Vamos saber
mais como foi essa transição Brasil/Egito e um pouquinho dos costumes atuais de
lá.
Egito – fascínio de uma civilização: Gislaine,
conta para a gente como se deu essa transição Brasil/ Egito. Você já sentia
admiração pelo Antigo Egito antes de pensar em se mudar para o Egito? E como
foi a sua adaptação?
Gislaine.: Bom, no começo
eu era novinha e só era fascinada pelas séries de tv, como a famosa novela
“Pelos Poderes de Ísis”, não sei se alguém aqui se lembra. Com o tempo, eu
conheci um egipiciano que me fascinou e encantou e assim que me conheceu, me
pediu em casamento, igual as historias de sonhos que você ouvia quando criança.
E eu também me encantei com ele e aceitei... esse foi o motivo principal da
minha mudança do Brasil para o Egito: me casei.
Quanto à adaptação, não foi
muito radical aqui. Assim que cheguei todos os egipicianos e familiares eram
muitos gentis e simpáticos, é um povo muito aconchegante, a cultura que mais me
fascinava pelo respeito com os idosos e mulheres e o principal, a famílias
eram muitos unidas.
Egito – fascínio de uma civilização: E qual
idioma você usa para se comunicar no Egito? Como foi para você aprender o
árabe?
Gislaine.: Bom, no começo
foi meio difícil pois a diferença é muito grande entre o idioma latino e o árabe,
no começo me comunicava falando o inglês e tudo perguntava o que significava em
árabe, e como o meu sogro falava, eu colocava tudo no meu computador, quer dizer
na memória... com a convivência aprendi muito, o árabe é difícil porque tem
muitas palavras que significam muitas coisas dependendo do lugar dela na frase,
mas agora falo muito bem o árabe e escrevo também.
Egito – fascínio de uma civilização: Sendo
mulher, como é para uma brasileira morar no Egito, há algum tipo de
preconceito? E quais os tipos de
empregos que as mulheres mais procuram no Egito?
Gislaine.: Preconceito
não tem, porque aqui eles adoram estrangeiras, mas você tem que respeitar a
cultura deles. Aqui, agora, tem muitas brasileiras que vem através da Internet
e grupos do Facebook conhecer egípcios e algumas se dão bem em casar, mas também
tem os que exploram.
Quanto ao emprego acho que cada
um vem de acordo com a sua carreira, elas sempre procuram em locais de Internet,
no ramo do Spa, cabelereira, inclusive tem um Salão de Beleza “katameya” aqui
no Cairo de uma brasileira.
Egito – fascínio de uma civilização: Eu já
li que no Egito atual a segurança é maior que no Brasil, ou seja, andar nas
ruas do Egito é mais seguro do que andar nas ruas do Brasil, com os atuais
índices de violência que temos. Você concorda com isso?
Gislaine.: Bom, a segurança
no Brasil faz tempo que não tenho noticias, mas aqui da pra você andar na rua
meia-noite sem ser atacada, mas tem registros de assaltos e roubos, afinal de
contas o crime esta em todo o lugar no mundo.
Egito – fascínio de uma civilização: Do que
você mais sente falta no Brasil que não encontra no Egito? E no que o Egito te
conquistou?
Gislaine.: Bem, o que mais sinto falta é da minha família que deixei
lá, e também do bom feijãozinho preto e da nossa querida farinha de mandioca, o
resto da pra improvisar.
E o que me
conquistou foi a união entre os amigos e familiares, aqui sempre ajudam um ao
outro com fidelidade.
Egito – fascínio de uma civilização: Falando
no nosso feijão preto e farinha de mandioca, conte-nos um pouco sobre os costumes
culinários do Egito? Você se adaptou facilmente?
Gislaine.: Bom, os pratos aqui são diversos e bem temperados com
alho, condimentos e muita manteiga, que aqui se chama “samina”, tem um prato
que adoro que se chama “molokhia” e é feito de caldo de galinha com um tipo de
folhinhas verdes trituradas e alho frito. Foi um pouco difícil porque os
temperos aqui são fortes, mas agora não vivo sem eles.
Egito – fascínio de uma civilização: Quais
são as atividades de lazer que os egípcios mais fazem?
Gislaine.: Bem, as atividades são ir ao parque, ao cinema, passear
na rua “Cornish”, e andar de “fuluka”, quer dizer barcos no Rio Nilo, passear
com amigos e familiares...
Egito – fascínio de uma civilização: Eu
quero muito andar de “fuluka” aí, Gislaine rsrs, mas continuando, quais pontos
turísticos você mais admira?
Gislaine.: São as pirâmides é claro, Cidatel no Cairo, o Vale dos
Reis, o Templo de Hatshepsut, em Luxor,
e finalmente em Alexandria, temos O Castelo de Montaza que era do Rei Farouk, O
Pilar de Pompeu, o Castelo de Qaitbay, o Teatro Romano e a famosa biblioteca de
Alexandria.
Egito – fascínio de uma civilização: Essas
foram ótimas dicas de pontos turísticos! Gislaine, gostaria de agradecer sua
participação no Blog, que com certeza deu mais vontade de conhecer o Egito.
Agora, para finalizar, qual dica você dá para os brasileiros que querem morar
no Egito?
Gislaine.: Primeiro, você vai mudar a sua vida radicalmente, esteja
preparado, nem tudo que se faz no Brasil você pode fazer aqui, não poderá ir a
praia de biquíni e nem andar de short pela rua, etc rsrs. Aqui eles gostam
muito de respeito como antigamente no Brasil, são muito conservadores na
cultura, não tem álcool pra vender em todo lugar e a famosa cervejinha do sábado
você pode esquecer, assim como as baladas todos os finais de semana. Se você vem a procura de aventuras e de conhecer uma cultura perdida no tempo, venha e aproveite! Se
vem a procura de amor, os egipicianos são bem românticos, mas cuidado para não
cair em armadilhas, nem todo gato é preto...
Gislaine – Natural de Curitiba, Paraná – Brasil –
atualmente mora em Alexandria, no Egito e é uma das donas da loja virtual Brasgypt
de produtos importados do Egito.
Site da loja:
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