A tumba do faraó Seti I, considerada uma das maiores e mais belas tumbas do Vale dos Reis, foi fechada ao público no final da década de 80, para evitar o seu desgaste devido ao turismo e à exposição.
Mas, não vamos ficar sem ver a tumba de Seti I, pois a equipe espanhola Factum Arte (liderada por Rayoud) começou, neste mês, o processo de digitalizar este e todos os outros túmulos do Vale dos Reis.
Os túmulos são fotografados em 3D, com altíssima resolução, para posterior digitalização. O trabalho é árduo: a tumba de Seti I, por exemplo, que tem uma dúzia de câmaras e corredores levará de seis meses à 1 ano para concluir o processo de digitalização.
Com os dados em mãos, será possível reproduzir a tumba de Seti I e assim permitir novamente a passagem de visitantes. Não será a original, mas terá um padrão de excelência na reprodução dos detalhes, com o uso de fibra de vidro para a reprodução fiel da cor e textura originais.
A digitalização é interessante pois permitirá preservar o que pode ser perdido pela deterioração do próprio tempo, de terroristas, da movimentação do público e de restaurações mal executadas. É triste essa realidade do que pode acontecer com esses patrimônios, por isso, a importância da digitalização.
O processo de digitalização já foi empregado no túmulo de Tutancâmon e o resultado já pode ser apreciado no Museu de Howard Carter.
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