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quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Arqueólogos encontram 20 sarcófagos praticamente intactos no Egito: 'uma das mais importantes descobertas dos últimos anos'

Uma missão arqueológica no Egito encontrou ao menos 20 sarcófagos de madeira em ótimo estado de conservação na cidade de Luxor, no sul do país. Autoridades classificam essa como "uma das maiores e mais importantes descobertas anunciadas nos últimos anos".

Pesquisadores ainda não sabem precisar a data dos itens encontrados Foto: Divulgação/Ministério de Antiguidades

Imagens divulgadas pelo Ministério de Antiguidades egípicio mostram que os caixões de madeira ainda estão todos fechados, com pinturas e inscrições com cores vivas. As urnas funerárias estavam espalhadas em dois níveis de uma grande tumba na necrópole de Asasif, uma área cercada por cemitérios.

O ministro da Antiguidades do egito, Khaled Al-Anani, acompanha trabalho de arqueólogos Foto: Divulgação/Ministério de Antiguidades

Pesquisadores ainda não sabem precisar a data dos itens encontrados, mas na mesma região, já foram encontrados objetos datados de 18ª dinastia do Egito, que começou por volta do ano de 1539 a.C.

Há menos de uma semana, autoridades locais divulgaram outra grande descoberta na mesma região: uma "área industrial" usada para produzir itens decorativos, móveis e cerâmicas para tumbas.

Fonte:

Egípcios caçavam crocodilos só para transformá-los em múmias

(The Washington Post/Getty Images) 


Texto adaptado do original de Ingrid Luisa, para a Super.

Para os egípcios, muitos animais representavam intermediários entre mortais e deuses, ou até mesmo encarnações de diferentes deidades. Por isso mumificá-los e guardar essas espécies nos túmulos era algo muito valorizado. 

Em um dado momento, o embalsamamento de bichos acabou virando uma “indústria” no Egito Antigo. Como não dava pra sempre esperar uma morte natural do bicho para produzir uma múmia dele, o jeito era garantir um suprimento constante. 

Surgiram, então, os fabricantes de espécies embalsamadas. Eles contavam com uma série de estratégias de obtenção – desde recuperação de carcaças de animais selvagens até a criação de animais com o único objetivo de garantir múmias no futuro.

Agora, cientistas da Universidade Paul Valéry, de Montpellier, na França, atestaram que também havia uma outra opção, um pouco mais cruel: a caça. Egípcios matavam animais selvagens em seu habitat natural só para mumificar. De acordo com os pesquisadores, essa é a primeira evidência concreta da caça de animais com esse fim.

O grupo chegou a essa conclusão a partir de uma “autópsia virtual” em uma múmia de crocodilo com cerca de 2.000 anos. A peça foi descoberta por arqueólogos que escavaram a cidade de Kom Ombo, no Egito, no início do século 20.

No estudo, os autores relatam ter se surpreendido ao encontrar uma lesão grave na cabeça do réptil. “A causa mais provável de morte é uma séria fratura no crânio que causou um trauma direto no cérebro”, escrevem. “O tamanho da fratura, bem como sua direção e forma, sugerem que ela foi feita por um único golpe, provavelmente com um grosso taco de madeira”.

Hoje, o tal crocodilo é uma das 2.500 múmias de animais expostas no Museu das Confluências, em Lyon, na França. Com base nos resultados da nova análise, o animal, um crocodilo macho com cerca de um metro e meio de comprimento, tinha de 3 a 4 anos de idade no momento em que foi sacrificado. Segundo as crenças egípcias, os crocodilos estavam associados a Sobek, deus da fertilidade que tinha cabeça de um réptil e corpo de homem.

O estudo foi publicado na revista científica Journal of Archaeological Science.

Fonte:
https://super.abril.com.br/historia/egipcios-cacavam-crocodilos-so-para-transforma-los-em-mumias/



Documento de 3 mil anos revela o depoimento de ladrões de túmulos egípcios

Texto adaptado da matéria de Fabio Previdelli, para Aventuras na História.

Documentos de mais de 3 mil anos, indicam que ao menos 8 ladrões invadiram a tumba de Sobekemsaf II — faraó da 17ª dinastia — para roubar suas inestimáveis riquezas. A revelação ocorreu durante as gravações do programa Egypt’s Greatest Treasures, do Canal 5. A historiadora e apresentadora Bettany Hughes, revelou que a descoberta dos papeis lança uma nova perspectiva sobre os ladrões de tumbas do Egito.

O documentos, conhecido como Papiro de Amherst, é datado de 1.100 a.C. e faz parte dos registros judiciais originais que tratam de assaltos a tumbas. Em uma seção, os documentos detalham a profanação da tumba de Sobekemsaf II, por volta de 1570 a.C., em Tebas, capital do Egito Antigo. A folha contém as provações e confissões dos homens responsáveis pelos atos.

O documento, conhecido como Papiro de Amherst, é datado de 1.100 a.C / Crédito: Reprodução

Amenpnufer, filho de Anhernakhte, um pedreiro do Templo de Amon Ra "adquiriu o hábito de roubar os túmulos em companhia do pedreiro Hapiwer”, descreve os documentos. Em seu julgamento, o homem admite usar ferramentas de cobre para cavar um túnel na pirâmide do rei. Ali, eles encontraram os cemitérios de Sobekemsaf II e sua rainha e saquearam tudo o que podiam carregar.

“Abrimos os sarcófagos em que os caixões estavam, e encontramos a nobre múmia deste rei equipada com um falcão; havia um grande número de amuletos e jóias de ouro em seu pescoço. A múmia estava completamente enfeitada de ouro, e seus caixões eram adornados com ouro e prata por dentro e por fora, e incrustado com todos os tipos de pedras preciosas. Coletamos o ouro dele e tudo o que descobrimos com a rainha, e então nós ateamos fogo em seus caixões”, dizia um trecho da confissão.

No total, os ladrões fugiram com um total de 700 mil libras (algo em torno dos 3 milhões e meio de reais). Não está totalmente claro como eles foram capturados ou que aconteceu com eles após o julgamento.

O que especialistas imaginam que eles sofreram uma punição semelhante com as aplicadas a quem praticasse esse tipo de crime, que poderiam sofrer torturas ou serem executados por empalhamentos.

Muitos dos tesouros dos antigos faraós eram furtados por ladrões de sepulturas e isso se tornou um problema. Tanto é que as realezas egípcias passaram do enterro em pirâmides para o sepultamento em tumbas no vale dos reis.

Fonte:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/documento-de-3-mil-anos-revela-o-depoimento-de-ladroes-de-tumulos-egipcios.phtml