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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Curitiba inaugura museu dedicado a Tutancâmon com a presença de Zahi Hawass

Novo museu já está aberto ao público. Foto: Letícia Akemi.
Curitiba ganhou neste sábado (7) um novo museu totalmente dedicado a Tutankhamon, o faraó menino do Egito antigo. A inauguração do museu “Rei Menino de Ouro: Tutankhamon”, no complexo da Ordem Rosacruz AMORC, em Curitiba, contou com a presença do secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, o arqueólogo Zahi Hawass, a maior autoridade do mundo na história da civilização egípcia, parceiro na exposição em Curitiba.
O museu reúne 70 réplicas fiéis que retratam as peças originais que foram encontradas na tumba de Tutankhamon em 1922 pelo arqueólogo inglês Howard Carter. As obras foram confeccionadas pelo laboratório do Conselho de Antiguidades do Egito, no Cairo, e reproduzem com realismo inclusive as falhas e imperfeições das peças originais.
Em entrevista pouco antes da abertura do Museu Rei Menino de Ouro: Tutankhamon, Zahi Hawass explicou porque as peças exibidas não são as originais descobertas na tumba do faraó, o que a história ainda deve contar sobre o passado do Egito e como será o Grande Museu Egípcio, que abre as portas em outubro de 2020 perto das pirâmides de Giza.
Confira a entrevista completa que Zahi Hawass deu sobre as réplicas do museu, clicando aqui.
SERVIÇO:

Onde: Museu Rei Menino de Ouro: Tutankhamon (Rua Nicarágua, 2620, Bacacheri)
Entrada: R$24 (inteira) e R$12 (meia-entrada).
Horários:
De terça a sexta das 08h às 12h e das 13h às 17h30
Sábados das 10h às 17h
Domingos das 13h30 às 17h
Feriados das 10h às 17h
*O acesso às instalações dos museus é permitido até meia hora antes do horário de fechamento.

Fontes:

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Faraó Ramsés III foi realmente assassinado, revela tomografia feita em sua múmia


Reportagem escrita por Vinicius Buono para o site Aventuras na História.

O faraó Ramsés III foi um dos últimos grandes do Antigo Egito. Em seu longo reinado, lidou com crises políticas e econômicas, bem como invasões de povos exteriores. Ainda assim, conseguiu se manter no trono por 31 anos, até sua morte que, pensava-se, tinha sido por causas naturais.

No entanto, uma tomografia computadorizada feita na múmia do antigo faraó revelou que ele, na verdade, foi assassinado.

Há muito tempo, sabe-se de uma conspiração idealizada por uma das esposas dele, Tiye, para matá-lo e colocar o filho deles no trono, Pentaware. O evento, batizado de Conspiração do Harém, está registrado num dos mais antigos papiros sobreviventes daquela época e é conhecido como Papiro de Turim, por estar num museu da cidade, na Itália.

Por muito tempo, pensava-se que a conspiração havia falhado, principalmente porque o documento presente no museu italiano, feito por seu sucessor, Ramses IV, contém as punições merecidas para cada um dos envolvidos

A tomografia revelou que o faraó foi morto com um corte profundo na garganta, onde, inclusive, os pesquisadores já tinham percebido que as bandagens eram mais grossas na região do pescoço.

Agora, o caso de 3000 anos parece ter sido finalmente elucidado. O autor do crime pode ser qualquer um que participou da Conspiração do Harém. Tiye é a principal suspeita, mas todos pagaram por ele. 


O cadáver embalsamado do faraó foi encontrado no Vale dos Reis no final do século 19 e se tornou o protótipo de múmia usada pela cultura ocidental.

Os cientistas demonstraram, também, renovado interesse na Esfinge depois que estudos e escavações apontaram indícios de que ela estaria sobre uma complexa rede de túneis e câmaras.

Fonte:

Arqueólogos recriam perfume dos tempos de Cleópatra no Egito Antigo

Uma fragrância que deixou de ser desfrutada há mais de 2 mil anos voltou a dar o ar da graça no mundo com a reconstituição de um perfume egípcio.

O berço deste aroma do passado é a cidade de Tmuis, no delta do rio Nilo, onde pesquisadores das universidades do Havaí em Mānoa e de Tyumen (Rússia) fazem escavações e estudos há mais de uma década.

Os coordenadores do projeto UH Tell Timai, Robert Littman e Jay Silverstein, encarregaram dois especialistas em perfumes do Egito antigo, Dora Goldsmith e Sean Coughlin, de reconstituir fragrâncias a partir de análises químicas de achados arqueológicos e fórmulas preservadas em textos da Grécia Antiga.

Os resultados vieram na forma dos perfumes tipo mendesiano e metopiano, os mais desejados naquele período – como o "Chanel n. 5" do Egito Antigo, brincou Littman. Estas fragrâncias têm como material de base a mirra, uma resina extraída de várias espécies de árvores pequenas e espinhosas.

"Que emoção, sentir um perfume que ninguém sente há dois mil anos e que Cleópatra poderia ter usado", comemorou Littman em um comunicado à imprensa, fazendo referência à última governante do Egito antes da ascendência dos romanos, que viveu de 69 a.C. a 30 a.C.

Os perfumes reconstituídos pelos pesquisadores têm como material principal a mirra. Direito de imagem: GETTY IMAGES.

Goldsmith e Coughlin, pesquisadores na Alemanha, foram mais cautelosos e, em entrevista à BBC Arabic (o serviço de notícias em árabe da BBC), disseram nunca ter reivindicado que o perfume tenha sido usado por Cleópatra. Segundo eles, não há provas disso.

"O que dissemos é que nosso experimento é o mais próximo da fragrância original, segundo as práticas científicas atuais", disse Goldsmith, acrescentando que ela e sua equipe continuarão tentando alcançar uma versão mais próxima dos perfumes de Tmuis.

Silverstein também falou com a BBC.

"Sabemos com certeza que Cleópatra não viveu nesta região do Delta do Nilo, mas ela tinha interesse em perfumes e pode ter usado fragrâncias desta área", explicou.

Se não é possível confirmar se Cleópatra usou ou não o perfume há mais de 2 mil anos, pelo menos no mundo de hoje, alguns felizardos – e reles mortais – puderam desfrutar do aroma reconstituído por Goldsmith e Coughlin na exposição da National Geographic Society Queens of Egypt em Washington, a capital americana.

'Fábricas' de perfume do Egito antigo

'Fábricas' de perfume foram encontradas no local ao longo da última década. Direito de imagem: REPRODUÇÃO/FACEBOOK/TELL TIMAI

Na primeira fase do projeto UH Tell Timai, escavações revelaram resquícios desta indústria de fragrâncias do Egito Antigo.

Foi o caso de um vasto complexo de fornos do século 3 a.C. Análises químicas encontraram indícios de que eram usados para fabricar lécitos ou vasos de perfume com argila importada.

A descoberta de uma ocupação romana posterior revelou um forno de fabricação de vidro, o que indica a transição do uso da cerâmica para o vidro em recipientes de perfumes.

Em 2012, foram encontradas moedas de prata e jóias de ouro e prata perto de um área de trabalho, o que pode indicar que se tratava da casa de um comerciante de perfumes.

Atualmente, estão sob análise ânforas antigas encontradas no local de escavação e que podem conter vestígios identificáveis ​​dos líquidos ali produzidos.

Fonte:
https://www.bbc.com/portuguese/geral-49443949?fbclid=IwAR0l-4VBmf5fbI1PYZW6gli-dho5AAKSwUK2voZqdlxoOJGKzOJssaOslLg