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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Descoberta de tumba de 3000 anos intacta no Egito

Uma equipe egípcia de arqueólogos acaba de descobrir uma tumba de 3000 anos do período Ramessida na região de Assasif, a oeste da margem do Nilo em Luxor.

Os trabalhos de escavação haviam começado em março, parados em maio e retomados em agosto, estando ainda em andamento.

Mais de 300 metros cúbicos de detritos foram retirados do local. A tumba contém inscrições da rainha Ahmos-Nefertari e de seu filho Amenhotep I, afirmou o ministro de antiguidades Dr. Khalid El-Enany.

A tumba pertence a um homem chamado Shu En Khet.ef (Thaw-Irkhet-if), cujo nome significa Vento Norte em Suas Costas. De acordo com o Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades Mostafa Waziri, ele era um “escriba do centro mumificação do Templo de Mut”.

Ele disse ainda que a esposa do escriba era uma “Encantadora de Mut”.

Em seu interior, foram encontrados mais de 1000 ushabits, máscaras de madeira decoradas, peças de faiança e papiros que contêm uma parte do capítulo 125 do Livro dos Mortos.

Durante os trabalhos de escavação em setembro, a lateral de uma sala foi descoberta selada com tijolos de barro.

Em seu interior, foram encontrados 2 caixões de madeira com flores em cima e em perfeito estado de conservação. Os caixões são datados da 25ª ou 26ª Dinastia.

Um dos caixões pertence a um homem chamado Padiese, que foi um sumo sacerdote de Amun; o outro, da sua esposa, intitulada “Encantadora de Amun”.






































Fonte:


terça-feira, 13 de novembro de 2018

Arqueólogos encontram tumbas com múmias de gato no Egito


Nariman El-Mofty/AP

Arqueólogos egípcios encontraram sete tumbas da Era dos Faraós com dúzias de múmias de gatos em Saqqara — sítio arqueológico a cerca de 30km da capital do Egito, Cairo. A descoberta também inclui múmias de escaravelhos — as primeiras a serem encontradas no local, afirmou neste sábado (10) o Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Mostafa Waziri, à agência de notícias americana Associated Press (AP).

Gatos mumificados dentro de uma tumba na necrópole perto das pirâmides egípcias, em Saqqara. Arqueologistas locais descobriram sete tumbas da era farônica contendo dúzias de múmias de gato e estátuas de animais feitas de madeira. — Foto: Nariman El-Mofty/AP

O Egito Antigo — época em que os faraós reinaram — reverenciava os felinos e fazia adoração à deusa Bastet, que tinha a cabeça de gato. Além das múmias, também foram encontradas estátuas de madeira retratando outros animais — como um falcão, um leão e uma vaca. Outras 100 estátuas de gato em madeira dourada e uma estátua de bronze, dedicada a dedicada a Bastet, estão entre as descobertas, afirma a Agência France Presse [(AFP).

Segundo a AFP, a descoberta ocorreu "em torno de uma área rochosa em torno do complexo funerário de Userkaf na necrópole (real) de Saqqara", que era a capital do Reino Antigo, disse o ministro de Antiguidades, Khaled El Enany. Três dessas tumbas, afirma o ministro "datam do tempo do Novo Império e foram usadas como uma necrópole para gatos".

As outras quatro tumbas remontam ao tempo do Antigo Império (4.300 anos aC), "das quais a mais importante é a de Jufu-Imhat, guardião dos edifícios pertencentes ao palácio real, datando do final da Quinta Dinastia e do início do VI ", segundo o ministro.

Saqqara é uma vasta necrópole da região da antiga Memphis, onde incontáveis tumbas e os primeiros faraós foram encontrados.

O Egito vem aumentando a publicidade em torno de descobertas históricas, destaca a AP, na esperança de recuperar o setor de turismo no país — devastado pela turbulência que se seguiu às revoltas de 2011 que levaram à queda de Hosni Mubarak.

Confira mais fotos da descoberta:


Arqueologista recupera uma estátua dentro da tumba encontrada perto de Saqqara — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Artefatos em exposição na necrópole. — Foto: Nariman El-Mofty/AP


Arqueologistas recuperam uma estátua dentro da tumba encontrada perto de Saqqara — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Estátua de gato feita de bronze em exposição na necrópole. — Foto: Nariman El-Mofty/AP


Arqueologista recupera uma estátua dentro da tumba encontrada perto de Saqqara — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Arqueologistas recuperam uma estátua dentro da tumba encontrada perto de Saqqara — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Artefatos em exposição em uma caixa de vidro em frente às tumbas recém-descobertas na necrópole em Saqqara. — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Trabalhador carrega um artefato para fora da tumba na necrópole. — Foto: Nariman El-Mofty/AP


Papiro em exposição numa caixa de vidro na necrópole em Sacará. — Foto: Nariman El-Mofty/AP


Estátuas de gatos também foram encontradas na tumba — Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany


Equipes retiram gatos mumificados encontrados em tumbas no Egito — Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany


O líder da escavação segura uma estátua na tumba recém-descoberta em uma necrópole perto das pirâmides egípcias em Sacará, Giza, em 10 de novembro. O secretário egípcio de antiguidades diz que arqueologistas locaias encontraram sete tumbas da era faraônica contendo dúzias de múmias de gato e estátuas de madeira retratando outros animais. — Foto: Nariman El-Mofty/AP

Fonte:

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

A descoberta por acaso que joga luz sobre o mistério da construção das pirâmides do Egito

A Grande Pirâmide de Gizé é a mais antiga das sete maravilhas do mundo.

O mistério de como as pirâmides egípcias foram construídas está um passo mais perto de ser revelado - graças ao acaso.

Um grupo de cientistas da Universidade de Liverpool, na Inglaterra, e do Instituto Francês de Arqueologia Oriental, que investigava uma série de inscrições em uma antiga pedreira em Hatnub, localizada no Deserto Oriental do Egito, a leste do rio Nilo, encontrou uma rampa ladeada por degraus em ambos os lados com vários buracos em que poderiam ser encaixadas grandes colunas.

Embora a teoria de que os antigos egípcios usavam rampas para mover pedras não seja nova, a estrutura encontrada pela equipe anglo-francesa é significativamente mais forte do que se imaginava possível para a época.

Os cientistas acreditam que os trabalhadores colocavam os blocos de alabastro usados para erguer as pirâmides sobre uma espécie de trenó de madeira que eram amarrados com corda a colunas de madeira.

Assim, eles poderiam transportar o material de pedreiras situadas em encostas muito íngremes, com uma inclinação de 20% ou mais.
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As cordas amarradas ao "trenó" atuavam como um multiplicador de forças, facilitando o deslocamento do veículo pela rampa.
Único no mundo

Em entrevista ao site de notícias científicas Live Science, a codiretora da missão em Hatnub, Yannis Gourdon, explicou que esse tipo de sistema não foi encontrado em nenhum outro lugar do mundo.

As inscrições da caverna permitem localizar a rampa na época do faraó Khufu ou Jufu, que construiu a Grande Pirâmide por volta de 2550 a.C.

Embora não haja evidências de que o método tenha sido usado para construir a pirâmide, graças a essa descoberta os cientistas consideram provável que essa tenha sido a técnica usada no Egito naquela época.



Como as pirâmides foram construídas tem sido objeto de grande especulação. GETTY IMAGES

A Grande Pirâmide

A Grande Pirâmide é a maior das três que coroam o sítio arqueológico da cidade de Gizé, no Egito, com 146 metros de altura.

É a mais antiga em meio às obras artísticas e arquitetônicas conhecidas como as sete maravilhas do mundo.

Hoje sabemos que ela teve uma função funerária e que abrigou os corpos dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.

Mas tamanho monumental continua surpreendendo os especialistas. A maioria dos arqueólogos concorda que os trabalhadores que atuaram na construção usaram um sistema de rampa para mover blocos de pedra até a pirâmide.

Mas como funciona exatamente esse sistema permanece um mistério - sobre o qual a nova descoberta pode lançar um pouco de luz.

Fonte:

https://www.bbc.com/portuguese/geral-46123558