De acordo com Owen Jarus, do site Live Science, um time de arqueólogos descobriu duas casas nas imediações das pirâmides da Necrópole de Gizé, no Egito, e que passaram milhares de anos enterradas sob as areias do deserto.
Segundo Owen, os cientistas estabeleceram que as estruturas contam com mais de 4,5 mil anos e foram construídas na mesma época em que a Pirâmide de Miquerinos, um faraó que reinou no Egito entre os anos de 2490 e 2472 a.C., mais ou menos. Além disso, os arqueólogos acreditam que as casas provavelmente serviam para abrigar oficiais envolvidos na produção e distribuição de alimentos para uma força paramilitar que atuava na região.
(Ancient Egypt Research Associates)
As duas residências foram encontradas pertinho de uma série de edificações que serviam para abrigar os integrantes dessa força paramilitar e provavelmente tinham espaço para mais de mil integrantes. Portanto, faz sentido que existissem pessoas responsáveis por organizar os recursos necessários para alimentar essa gente toda. Além disso, com a construção da pirâmide acontecendo na mesma época, pode ser que parte do enorme número de construtores envolvidos na obra também recebesse comida desse centro.
Mais especificamente, os arqueólogos suspeitam que uma das casas descobertas servia de lar para o oficial responsável por gerenciar a criação e animais para o abate, enquanto que na outra é possível que vivesse um sacerdote. E como é que os pesquisadores chegaram a essa divisão de endereços?
Batalhão
Durante as escavações, os arqueólogos encontraram selos mencionando uma antiga instituição chamada “wadaat”, que consistia em uma organização na qual os sacerdotes podiam chegar ocupar altos cargos no governo. Ademais, anexo a uma das estruturas, os pesquisadores encontraram um espaço no qual existem vestígios de que ele era usado na produção de pão e cerveja. Portanto, o tal sacerdote podia estar envolvido na supervisão da fabricação desses itens.
Essas estruturas todas se encontram onde, há milhares de anos, havia um porto — o que seria uma localização bastante conveniente, considerando que o local serviria de ponto de entrada de materiais, produtos, especiarias e todo tipo de coisa vinda não só de todo o Egito, mas também do Mediterrâneo.
Os arqueólogos acreditam que esse antigo porto possivelmente ainda estava em funcionamento quando a Grande Pirâmide de Quéops estava sendo construída, já que um antigo registro produzido por um inspetor que viveu durante o reino desse faraó traz referências sobre as atividades no local. O documento ainda não foi completamente decifrado, mas os trabalhos para desvendar os mistérios dessas novas descobertas continuam e as escavações devem se prolongar até 2019. Vai saber o que mais não será encontrado!
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