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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Vizinhança nobre: acharam casas de 4,5 mil anos perto das pirâmides de Gizé

De acordo com Owen Jarus, do site Live Science, um time de arqueólogos descobriu duas casas nas imediações das pirâmides da Necrópole de Gizé, no Egito, e que passaram milhares de anos enterradas sob as areias do deserto.

Segundo Owen, os cientistas estabeleceram que as estruturas contam com mais de 4,5 mil anos e foram construídas na mesma época em que a Pirâmide de Miquerinos, um faraó que reinou no Egito entre os anos de 2490 e 2472 a.C., mais ou menos. Além disso, os arqueólogos acreditam que as casas provavelmente serviam para abrigar oficiais envolvidos na produção e distribuição de alimentos para uma força paramilitar que atuava na região.

(Ancient Egypt Research Associates)

As duas residências foram encontradas pertinho de uma série de edificações que serviam para abrigar os integrantes dessa força paramilitar e provavelmente tinham espaço para mais de mil integrantes. Portanto, faz sentido que existissem pessoas responsáveis por organizar os recursos necessários para alimentar essa gente toda. Além disso, com a construção da pirâmide acontecendo na mesma época, pode ser que parte do enorme número de construtores envolvidos na obra também recebesse comida desse centro.

Mais especificamente, os arqueólogos suspeitam que uma das casas descobertas servia de lar para o oficial responsável por gerenciar a criação e animais para o abate, enquanto que na outra é possível que vivesse um sacerdote. E como é que os pesquisadores chegaram a essa divisão de endereços?
Batalhão

Durante as escavações, os arqueólogos encontraram selos mencionando uma antiga instituição chamada “wadaat”, que consistia em uma organização na qual os sacerdotes podiam chegar ocupar altos cargos no governo. Ademais, anexo a uma das estruturas, os pesquisadores encontraram um espaço no qual existem vestígios de que ele era usado na produção de pão e cerveja. Portanto, o tal sacerdote podia estar envolvido na supervisão da fabricação desses itens.

Essas estruturas todas se encontram onde, há milhares de anos, havia um porto — o que seria uma localização bastante conveniente, considerando que o local serviria de ponto de entrada de materiais, produtos, especiarias e todo tipo de coisa vinda não só de todo o Egito, mas também do Mediterrâneo.

Os arqueólogos acreditam que esse antigo porto possivelmente ainda estava em funcionamento quando a Grande Pirâmide de Quéops estava sendo construída, já que um antigo registro produzido por um inspetor que viveu durante o reino desse faraó traz referências sobre as atividades no local. O documento ainda não foi completamente decifrado, mas os trabalhos para desvendar os mistérios dessas novas descobertas continuam e as escavações devem se prolongar até 2019. Vai saber o que mais não será encontrado!


Fonte:

Oficina de mumificação revela segredos da conservação dos mortos no Antigo Egito

                                             Foram encontradas 35 múmias no poço funerário - MOHAMED ABD EL GHANY / REUTERS

CAIRO — Uma descoberta no Egito pode ajudar os arqueólogos a compreenderem melhor os processos usados na antiguidade para a conservação dos mortos. Ao lado de um poço funerário, perto da necrópole de Sacará, no sul do Cairo, foi encontrada uma oficina de mumificação, que pode fornecer detalhes sobre as substâncias químicas dos óleos usados para preservar os corpos.

— O que essa descoberta vai acrescentar são duas coisas importantes: o tipo dos óleos usados na mumificação e sua composição química — afirmou Ramadan Badry Hussein, diretor da missão arqueológica que encontrou os dois locais. — Então nós poderemos identificar o tipo exato dos óleos usados.


O poço funerário tem mais de dois mil anos. Os pesquisadores acreditam que ele seja da Época Baixa do Antigo Egito, que durou da Dinastia Saite às conquistas Persas, entre 664 e 404 a.C., período encerrado por Alexandre, o Grande, e o posterior estabelecimento do reino Ptolemaico. O poço foi encontrado em abril, contendo 35 múmias e sarcófagos de pedra.

                                           Jarros rotulados foram encontrados na oficina de mumificação - MOHAMED ABD EL GHANY / REUTERS

Também foram encontradas centenas de pequenas estátuas de pedra, além de jarros e vasos utilizados no processo de mumificação.

— Esta descoberta é muito importante pela sua extensão. Nós temos óleos e copos de medição, todos rotulados. Disso nós podemos encontrar a composição química dos óleos — afirmou Hussein, ao “Guardian”. — Estamos diante de uma mina de ouro de informações.

Já o artefato que mais impressionou os arqueólogos foi uma máscara de prata com detalhes dourados, a segunda do tipo já encontrada.

              Máscara de prata, com detalhes em ouro, chamou a atenção dos arqueólogos - KHALED DESOUKI / AFP

— Este objeto é muito raro — afirmou o Ministro de Antiguidades, Khaled al-Anany, em entrevista à Reuters. — A máscara de prata folheada com ouro, nós temos apenas duas desse tipo, então é uma descoberta muito boa.

Nos últimos anos, o governo egípcio vem impulsionando as escavações arqueológicas numa tentativa de atrair mais turistas. O objetivo é melhorar a imagem do país no exterior, que ficou desgastada com a violência dos conflitos políticos de 2011.

Fonte:

Estão querendo beber o "caldo" encontrado no sarcófago negro de Alexandria

Sobre o sarcófago negro de Alexandria, clique aqui.

É isso mesmo, você não leu errado...


(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Ainda não foram divulgadas muitas informações sobre o conteúdo do sarcófago, uma vez que os pesquisadores nem tiveram tempo de analisar o que eles encontraram lá dentro. Entretanto, o que sabemos é que o caixão continha três esqueletos, sendo que um deles parece ter morrido em consequência de um ferimento provocado por uma flechada. Os esqueletos foram encontrados em meio à um “caldo” escuro.

(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

E como o artefato foi datado como sendo da Era Ptolomaica — dinastia que reinou no Egito de 305 a 30 a.C. —, período que foi seguido por guerras e batalhas sangrentas, os pesquisadores levantaram a hipótese de que os ocupantes do sarcófago poderiam ser soldados da época que morreram durante algum conflito. 

Só que...

Está rolando uma petição online organizada por um grupo que expressaram o desejo de beber o “caldo” encontrado no interior do sarcófago. Vichi!!! De acordo com Sara G. Miller, do site Live Science, o apelo, postado no site change.com, está endereçado ao “Rei dos Esqueletos” e consiste em uma solicitação de permissão para consumir o “suco avermelhado” do “sarcófago negro amaldiçoado”.


(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

A ideia, segundo o grupo, é a de beber o caldo na forma de uma espécie de energético gaseificado para que quem consumir o líquido “possa assumir seus poderes e finalmente morrer”.

(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)

Embora o sarcófago tenha permanecido lacrado por tantos séculos, não podemos nos esquecer que o granito, apesar de ser super-resistente, é um material ligeiramente poroso. Portanto, depois de dois mil anos debaixo da terra, água misturada com sabe-se lá o quê foi penetrando em seu interior. E dentro do caixão haviam três cadáveres que passaram pelo processo de decomposição — o que significa que eles contribuíram com uma enorme quantidade de matéria orgânica putrefata e um sem fim de microrganismos para “enriquecer” o caldo.

(Business Insider/Mohamed Abd El Ghany/Reuters)


Foi também divulgado que neste caldo pode conter esgoto proveniente de tubulações das redondezas que vazaram.

Boa sorte aos consumidores... Eu, hein!

Fonte:

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Arqueólogos encontram o maior sarcófago de Alexandria

SARCÓFAGO DE 4.5 MIL ANOS ENCONTRADO EM ALEXANDRIA. (FOTO: MINISTRY OF ANTIQUITIES)

Fundada no ano 332 a.C. por Alexandre, o Grande, a cidade de Alexandria, no Egito, foi por muito tempo um importante porto no Mediterrâneo, servindo de entreposto comercial em que circulavam pessoas de diferentes povos e culturas. Como consequência, não falta trabalho para os arqueólogos.

No dia 1º de julho, o Ministério das Antiguidades do país anunciou que em uma escavação no distrito de Sidi Gaber foi encontrado o maior sarcófago já registrado em Alexandria. Ele tem 2,65 metros de comprimento, 1,85 metros de altura e 1,65 metros de largura, todo construído em granito negro. Foi encontrado enterrado a cinco metros de profundidade.

Segundo o comunicado, tudo indica que foi colocado ali no período chamado de ptolomaico, uma dinastia vinda da Macedônia que governou o Egito por 275 anos, entre 305 a.C. e 30 d.C. É considerada a última fase do Egito Antigo. A tumba se mantinha lacrada, o que indica que nunca foi aberta desde a antiguidade.

Agora resta saber a quem pertenceu esse sarcófago. Perto dali, outro achado pode trazer a resposta: uma escultura de uma cabeça de quem acreditam ter sido enterrado ali. Entretanto, por ter sido esculpida em uma pedra macia chamada alabastro, ela foi parcialmente corroída. Assim, estudos ainda serão demandados para saber quem foi o dono do maior sarcófago de Alexandria.

ESCULTURAS QUE PROVAVELMENTE PERTENCERAM AO DONO DO SARCÓFAGO. (FOTO: MINISTRY OF ANTIQUITIES)

Fonte:

segunda-feira, 2 de julho de 2018

1ª missão arqueológica chinesa no Egito começa em setembro

O ministro egípcio de antiguidades, Khaled al-Anany, disse em uma recente entrevista à Xinhua que a primeira missão arqueológica chinesa no Egito começará a funcionar em setembro deste ano.
"A missão chinesa concluiu todos os procedimentos para trabalhar no Egito. O trabalho deles começará em setembro na cidade de Luxor, no Egito," disse al-Anany à Xinhua.
Ele acrescentou que a missão escolheu Luxor como é rico em muitas antiguidades egípcias antigas descobertas.
O ministro elogiou a cooperação entre o Egito e a China, já que ambos os países têm profundas raízes em suas civilizações antigas, principalmente no campo arqueológico, dizendo que o Egito tem orgulho de seus fortes laços com a China.
"Enviamos muitos especialistas para a China todos os anos para trocar experiências", revelou.
A China agora detém a tecnologia de sensoriamento remoto e imagem de líder mundial, bem como técnicas avançadas de teste e análise em ambientes internos, que permitirão aos arqueólogos chineses ajudar seus colegas egípcios a descobrirem tesouros enterrados.
Em outra entrevista à Xinhua, Wang Wei, ex-chefe do instituto de arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS) disse que a CASS irá colaborar com especialistas egípcios para realizar escavações arqueológicas, proteção de relíquias culturais, monitoramento de segurança e controle em principais locais no Egito.
Ele também disse que o instituto chinês ajudará a treinar especialistas egípcios na proteção de descobertas arqueológicas.
O Egito tem trabalhado arduamente para preservar seu patrimônio arqueológico e descobrir os segredos dos faraós e outras civilizações antigas em todo o país, em uma tentativa de reviver o setor de turismo do país, que vem sofrendo uma recessão aguda nos últimos anos devido à turbulência política. 
Estatísticas oficiais egípcias revelaram que as receitas do turismo no Egito aumentaram 123,5% ano a ano para 7,6 bilhões de dólares em 2017.
No entanto, esses números permanecem abaixo do índice de referência em 2010, quando os turistas que visitaram o Egito trouxeram cerca de 12,5 bilhões de dólares em receita.
Falando sobre a situação financeira de seu ministério, al-Anany disse que, pela primeira vez em anos, a receita do ministério subiu para chegar a 65 milhões de libras egípcias (3,64 milhões de dólares) por ano, acrescentando que a receita do ministério é usada na restauração e desenvolvimento de sítios arqueológicos.
No entanto, o ministro disse que as dívidas do ministério até agora chegaram a 6 bilhões de libras, já que o Ministério das Finanças egípcio gasta 75 milhões de libras por mês para pagar os salários dos 32.414 empregados de seu ministério.
Al-Anany disse que o ministério, apoiado pelo governo e outros doadores internacionais, está fazendo o melhor para descobrir e preservar as antiguidades do país, acrescentando que isso ajudará o Egito a revitalizar seu setor de turismo, um dos principais pilares da economia do país.
Ele revelou que a abertura de vários projetos arqueológicos em todo o Egito será testemunhada depois de obter o financiamento necessário para a sua conclusão.
"Uma importante descoberta arqueológica será anunciada em 14 de julho", disse ele.
Falando sobre o Museu Egípcio Grand (GEM), em construção, perto do Cairo, o ministro disse que a primeira fase do projeto será concluída até o final deste ano, e estará pronta para ser inaugurada durante o primeiro trimestre de 2019.
O GEM pode acomodar 100.000 artefatos: 50.000 estarão em exibição constante e outros 50.000 serão armazenados em depósitos modernos. E 30.000 artefatos que nunca foram exibidos antes.
A área total do grande museu, iniciada em 2001, é de cerca de meio milhão de metros quadrados.
Enquanto isso, Al-Anany disse que o Egito está interessado em combater o tráfico ilícito e o roubo de objetos arqueológicos, bem como recuperar todos os artefatos antigos, dizendo que o ministério recuperou um grande número de relíquias egípcias da Itália dias atrás.

Fonte: